Um vendedor ambulante que estava de passagem por Porto Alto começa a ser julgado em Maio no Tribunal de Benavente por abuso sexual de um menino de quatro anos, 11 anos depois do crime. O arguido, de 27 anos, que nunca mais foi visto pela localidade, terá, segundo a acusação do Ministério Público, exibido o seu órgão sexual ao menor por duas vezes entre Junho e Julho de 2002. Numa das ocasiões terá tentado mesmo ter relações sexuais com a criança. O caso só foi denunciado às autoridades em 2004 por uma funcionária do ATL que o menino frequentava.
O processo também se arrastou no tempo devido ao facto de terem sido pedidas peritagens psiquiátricas ao arguido. Segundo a acusação, o jovem conhecia a criança porque costumava encontra-la num café da localidade e numa ocasião, durante um torneio anual de futebol de salão que decorreu em Samora Correia, viu a criança ir à casa de banho e seguiu-a. Refere o Ministério Público que o arguido despiu as calças e as cuecas da criança e mexeu no seu órgão sexual. Terá depois tentado violá-lo, o que não conseguiu porque entretanto um familiar da criança começou a chamá-la à porta da casa de banho.
A segunda situação ocorreu perto do estabelecimento comercial que frequentava tendo exibido o órgão sexual. Quando tentou desapertar as calças da vítima esta conseguiu fugir. Durante a investigação da Polícia Judiciária (PJ), a mãe explicou que não tinha apresentado queixa porque pensou que o filho poderia estar a mentir.
