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Casal Guimarães
por Edina Araújo*
Uma vergonha. Na campanha eleitoral de 2012, o então candidato a prefeito, Walace Guimarães (PMDB), prometeu que iria construir uma maternidade em Várzea Grande. Venceu as eleições - e imediatamente - mudou o discurso. Walace disse que não havia recurso para construir um novo hospital. Pegou uma carona na administração do antecessor - que já vinha tentando inaugurar a maternidade no Pronto-Socorro - e não titubeou, foi lá e inaugurou a maternidade - sem nenhuma estrutura.
O que a população várzea-grandense está presenciando é muito triste. Antes não nasciam crianças em Várzea Grande - agora ficou pior - estão morrendo. Isso porque a secretária de Saúde é médica e o esposo, prefeito, também é médico. Também, esperar o que de uma família médica que não deu conta de administrar um minúsculo Hospital no município?
Muitos podem estar pensando que há precipitação - já que o prefeito assumiu a administração apenas em janeiro deste ano – mas não é. Enquanto deputado estadual, Walace Guimarães presidia a Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa. E o que fez pelo município? Nada. Apenas criticou. Pior ainda, ano passado o governo do Estado, do mesmo partido de Walace, aquele que prometeu alinhamento político na campanha, enviou Projeto de Lei para Assembleia Legislativa diminuindo o repasse para a Saúde de Várzea Grande. Walace Guimarães ainda era deputado estadual e se calou. Portanto, não há como se defender – alegando que não era prefeito e que está à frente da administração pouco tempo.
Não bastasse isso, Jaqueline Guimarães, médica e secretária de Saúde do município, deixa a pasta duas vezes por semana, durante o expediente para trabalhar no Detran. Claro, no Detran o salário é melhor, mais vantajoso. Pois por cada consulta rápida que realiza, cobra a “bagatela” de R$ 75,00.
No Estado todo, apenas 20 médicos são credenciados pelo Detran e trabalham pela empresa Perimetran Perícias Médicas de Trânsito, da qual Jaqueline Beber Guimarães é uma das sócias.Confira documento final do artigo.
Na direção do Pronto-Socorro está Renato Tetilla, que na gestão do republicano Murilo Domingos - foi secretário de Saúde - e acumulava diversos cargos, entre eles, assessor de gabinete do então deputado Walace.
Na verdade, a equipe formada pelo peemedebista, a maioria tem o cargo no município apenas como “bico”. Como cobrar dos subordinados que trabalhem o expediente todo – se a chefe não é exemplo?
O resultado é o que a população de Várzea Grande está presenciando. As evidências demonstram que a gestão de Walace Guimarães será um desastre - se urgentemente ele não mudar o curso da administração. Exigir comprometimento, começando pela esposa. Saúde não é brincadeira, menos de um mês, é a quarta morte divulgada – sem contar outras que possivelmente não foram parar na imprensa.
*Édina Araújo é jornalista e empresária em Várzea Grande.
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