Situação precária: Secretaria não tem dinheiro para reformar escola em Cuiabá


Custo é de R$ 144 milhoes e Secretaria de Educação tem só R$ 4 milhões anuais para obras


Estudos preliminares realizados pela Secretaria Municipal de Educação de Cuiabá indicam que são necessários R$ 144 milhões para reformar cerca de 80 escolas e creches da Capital.

O valor, segundo o secretário Gilberto Figueiredo, leva em conta uma reforma completa dos locais, incluindo mudança nos telhados, parte elétrica, acessibilidade e, em alguns casos, ampliação.

Com uma verba de R$ 4,8 milhões ao ano para reformas de unidades escolares, sendo que parte ficou comprometida devido aos R$ 24 milhões de restos a pagar deixados na gestão do ex-prefeito Chico Galindo (PTB), o titular da pasta afirmou que as obras são apenas “sonhos de consumo”.

“Eu já sei que não vou ter esses R$ 144 milhões. Falar nesse valor é um sonho de consumo e, por isso mesmo, teremos que rever o plano. Já conversei com o prefeito Mauro Mendes (PSB) e chegamos a uma conclusão. Qual é o maior problema das escolas hoje? Quando chove dentro das salas, cai na parte elétrica, destrói o forro e tudo que tem para baixo. Então, vamos atacar os telhados, é nosso Plano B”, afirmou Figueiredo.

Segundo o secretário, o próximo passo é definir quais serão as primeiras unidades de ensino a passarem pelas mudanças.

“Precisamos saber ainda se o Município vai permitir recursos a ponto de fazer em todas, se vamos dividir. O objetivo é que troquemos o telhado por um com duração de 30 anos”, explicou.

Além de recursos extras da Prefeitura, outra saída é tentar junto ao Fundo Nacional do Desenvolvimento da Educação (FNDE) patrocínio para reformas.

“O problema é que o FNDE não gosta de patrocinar, ele prefere dar uma escola nova a reformar uma e, logicamente, se conseguirmos algo, o valor não será suficiente para destruir e construir em seguida. Grande parte das nossas unidades hoje é feita em um estilo que não é o ideal e praticamente o que se aproveitaria seriam as paredes. E, mesmo assim, não é o ideal, porque os bairros cresceram e as necessidades mudaram”, disse.

Exemplo, nesse sentido, é a Escola Municipal Dejani Ribeiro. “Para algumas, a decisão é substituição. No Jardim Vitória, temos a Dejani Ribeiro, que precisa de reforma porque não respeita, por exemplo, leis de acessibilidade. No caso dela, vamos destruir paulatinamente a velha para construir uma nova”, disse.

De acordo com Gilberto Figueiredo, o estudo completo sobre a situação da rede pública municipal deve ser apresentado ao prefeito, oficialmente, nas próximas semanas.

fonte:midianews