A edição de março da revista Placar, da Editora Abril, traz na manchete um verdadeiro dossiê sobre a exploração sexual de crianças e adolescentes nos clubes de futebol. Assinada pelo repórter Breiller Pires, a reportagem levou mais de um ano para ser concluída. O texto cita a iniciativa da deputada Erika Kokay, de convocar representantes do Ministério dos Esportes e da CBF a depor na CPI da Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. Leia abaixo um teaser sobre a reportagem, elaborado por Breiller:
A menos de dois da Copa de 2014, falsos olheiros e aliciadores de menores transformam o futebol de base em antro do abuso sexual no Brasil
Em sua edição de abril, a revista PLACAR publica um dossiê sobre abusos sexuais nas categorias de base do futebol brasileiro. Além de desvendar a atuação clandestina de falsos olheiros em clubes de expressão, a publicação revela como abusadores de crianças e adolescentes têm migrado para times menores, sem estrutura.
PLACAR registrou, em um período de dois anos, pelo menos 22 casos de violência sexual envolvendo o futebol em todo o Brasil. O mapa dos abusos também mostra a rota do tráfico de menores que costuma vir a reboque na ação de molestadores pelo país.
Procurada pela PLACAR, a CBF diz que sua obrigação é organizar campeonatos, não fiscalizar times e categorias de base. O Ministério do Esporte não respondeu aos questionamentos da reportagem. A deputada federal Erika Kokay (PT-DF), presidente da CPI da Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, tenta convocar representantes da CBF e do Ministério do Esporte para tratar da questão do abuso sexual desde o fim do ano passado.
Sem êxito, até o momento. “Clubes, CBF e poder público devem se responsabilizar por crianças e adolescentes que têm seus direitos violados através do futebol. Um país que vai receber a Copa do Mundo não pode ser conivente com esse tipo de abuso”, afirma a parlamentar.





