Estudantes de Psicologia do Centro Universitário de Caratinga, com supervisão da coordenação do curso, estão à frente de um importante trabalho realizado em Vargem Alegre em parceria com o município. O objetivo é prestar apoio às crianças vítimas de abuso sexual e suas famílias e prevenir novos casos, cujas incidências merecem atenção especial do poder público e das instituições de ensino como forma de criar mecanismos de combate e conscientização.
Orientada pelo professor Ricardo de Aguiar Assis, a aluna do 7º período, Eula Camila Oliveira Abreu, responsável pela elaboração de palestras para profissionais da área de saúde envolvidos com serviços de apoio social, como o Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), o Programa Educacional de Resistência às Drogas e a Violência (Proerd), Conselho Tutelar, explica nesta entrevista os detalhes de como está sendo desenvolvido o trabalho.
Orientada pelo professor Ricardo de Aguiar Assis, a aluna do 7º período, Eula Camila Oliveira Abreu, responsável pela elaboração de palestras para profissionais da área de saúde envolvidos com serviços de apoio social, como o Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), o Programa Educacional de Resistência às Drogas e a Violência (Proerd), Conselho Tutelar, explica nesta entrevista os detalhes de como está sendo desenvolvido o trabalho.
No que se baseia esse trabalho realizado em Vargem Alegre?
A questão do abuso sexual tem alcançado os meios de comunicação levantando discussões sobre como reconhecer, denunciar e lidar com suspeitas ou confirmações de que uma criança está sendo abusada sexualmente, mas as iniciativas ainda são tímidas e não fazem parte, consistentemente, das esferas sociais e da saúde. Devido às dificuldades de a criança revelar a ocorrência do abuso sexual para os membros da família e, considerando-se que a maioria dos casos de abuso sexual infantil são intrafamiliares, conforme estudos já promovidos nessa área, muitas vítimas podem recorrer à ajuda ou suporte fora da família. Em virtude da acessibilidade dos profissionais da educação e saúde, entre outras redes sociais de apoio às crianças, tais profissionais devem ser capacitados a serem instrutores de identificação e estratégias de intervenção com crianças vítimas de abuso. Além disso, muitos profissionais sociais passam a maior pare do tempo atuando com crianças do que até mesmo os próprios pais.
A questão do abuso sexual tem alcançado os meios de comunicação levantando discussões sobre como reconhecer, denunciar e lidar com suspeitas ou confirmações de que uma criança está sendo abusada sexualmente, mas as iniciativas ainda são tímidas e não fazem parte, consistentemente, das esferas sociais e da saúde. Devido às dificuldades de a criança revelar a ocorrência do abuso sexual para os membros da família e, considerando-se que a maioria dos casos de abuso sexual infantil são intrafamiliares, conforme estudos já promovidos nessa área, muitas vítimas podem recorrer à ajuda ou suporte fora da família. Em virtude da acessibilidade dos profissionais da educação e saúde, entre outras redes sociais de apoio às crianças, tais profissionais devem ser capacitados a serem instrutores de identificação e estratégias de intervenção com crianças vítimas de abuso. Além disso, muitos profissionais sociais passam a maior pare do tempo atuando com crianças do que até mesmo os próprios pais.
O trabalho, então, consiste basicamente em capacitar os profissionais da área para que saibam como lidar em casos de riscos sociais ou ocorrências efetivas?
É importante a iniciativa de capacitação de profissionais em programas de prevenção do abuso sexual, habilitando-os a detectar e avaliar casos adequadamente, sendo esta uma etapa fundamental das metodologias gerais nos trabalhos de prevenção. A realização de capacitação para se defender da ocorrência de abuso sexual nas áreas sociais engloba uma larga faixa etária de crianças, além de um grande número de possíveis vítimas. Programas de prevenção de abuso sexual de grande alcance que contam com profissionais para ensinar as crianças a adquirir habilidades necessárias para se proteger de possíveis ocorrências de abuso que parecem atingir um grande número de crianças e possibilitar a redução da possibilidade de abuso.
É importante a iniciativa de capacitação de profissionais em programas de prevenção do abuso sexual, habilitando-os a detectar e avaliar casos adequadamente, sendo esta uma etapa fundamental das metodologias gerais nos trabalhos de prevenção. A realização de capacitação para se defender da ocorrência de abuso sexual nas áreas sociais engloba uma larga faixa etária de crianças, além de um grande número de possíveis vítimas. Programas de prevenção de abuso sexual de grande alcance que contam com profissionais para ensinar as crianças a adquirir habilidades necessárias para se proteger de possíveis ocorrências de abuso que parecem atingir um grande número de crianças e possibilitar a redução da possibilidade de abuso.
Por que o trabalho está sendo realizado pontualmente em Vargem Alegre?
Na cidade já ocorreram casos, alguns deles foram denunciados, mas, muitos outros continuam não revelados porque os próprios pais não sabem ou porque em algumas situações a família não quer expor a criança, nem o autor do crime. Em 2004, por exemplo, foram registrados quatro casos, que foram devidamente denunciados.
Na cidade já ocorreram casos, alguns deles foram denunciados, mas, muitos outros continuam não revelados porque os próprios pais não sabem ou porque em algumas situações a família não quer expor a criança, nem o autor do crime. Em 2004, por exemplo, foram registrados quatro casos, que foram devidamente denunciados.
Quantas pessoas estão sendo assistidas?
Temos 36 pessoas sendo acompanhadas.
Como surgiu essa iniciativa?
A partir do momento em que o professor Ricardo (Aguiar de Assis, do curso de Psicologia da Unec) falou sobre a necessidade do estágio deste período. Como este tema é um assunto recorrente e muitas crianças estão passando por essas situações procurei o pessoal da educação do município. Em princípio o trabalho seria mais voltado para a área educacional, porque o educador passa uma parte muito significativa do dia com a criança. Mas como a Secretaria Municipal de Saúde demonstrou interesse pelo trabalho apresentamos as propostas de capacitação para esse setor; também,foi quando percebemos a necessidade dos profissionais da área da assistência social de participarem. Hoje o serviço de assistência social da cidade conta com vários programas anexados, como o PETI (Programa de Erradicação do Trabalho Infantil), o CRAS (Centro de Referência de Assistência Social), o Conselho Tutelar, o Programa de Resistência às Drogas e a Violência (PROERD), entre outros. Na saúde os agente que fazem parte do PSF (Programa de Saúde da Família), fazem visitas nas casas e às vezes têm muito contexto, onde sintomas são apresentados e a falta de informação atrapalha ao dar um suporte às famílias que estejam vivenciando esse tipo de problema.
Quem faz parte desse trabalho?
Outras duas alunas que também cursam o 7° período, os agentes de saúde da cidade, a assistente social, juntamente com todos os demais integrantes da liderança, a psicóloga da assistência social, os monitores do PETI e alguns estudantes de outros cursos da Unec.
Qual o objetivo prático das atividades?
Fazer o assunto ficar amplamente conhecido e dar suporte aos profissionais na prevenção do abuso sexual infantil.
Como é a dinâmica do projeto?
Temos buscado informações e trabalhando com documentários de pessoas que foram vítimas do abuso sexual infantil. Também trabalhamos com uma técnica de relaxamento para os profissionais, porque os encontros são às sextas-feiras e às vezes eles chegam cansados da rotina da semana. Fazemos um momento de relaxamento para que o assunto seja aproveitado da melhor maneira. Estamos trabalhando com filmes, dinâmicas e integrando as experiências já vivenciadas, momento em que eles relatam procedimentos e discutem entre si, fazendo perguntas e confidenciando coisas que já presenciaram ou perceberam, mas que não sabiam que poderiam ser sintomas de abuso. Agora os profissionais já chegam às capacitações falando sobre o que aconteceu na semana, onde foram observados traços dos quais estamos discutindo nas nossas atividades.
Existe ideia de levar essa iniciativa para outras regiões?
Sim. A cidade de Entre Folhas, por exemplo, já demonstrou interesse e vamos apresentar a proposta para os representantes do município. Além disso, outros departamentos que estiveram interessados o projeto também pode ser colocado em evidência.
Temos 36 pessoas sendo acompanhadas.
Como surgiu essa iniciativa?
A partir do momento em que o professor Ricardo (Aguiar de Assis, do curso de Psicologia da Unec) falou sobre a necessidade do estágio deste período. Como este tema é um assunto recorrente e muitas crianças estão passando por essas situações procurei o pessoal da educação do município. Em princípio o trabalho seria mais voltado para a área educacional, porque o educador passa uma parte muito significativa do dia com a criança. Mas como a Secretaria Municipal de Saúde demonstrou interesse pelo trabalho apresentamos as propostas de capacitação para esse setor; também,foi quando percebemos a necessidade dos profissionais da área da assistência social de participarem. Hoje o serviço de assistência social da cidade conta com vários programas anexados, como o PETI (Programa de Erradicação do Trabalho Infantil), o CRAS (Centro de Referência de Assistência Social), o Conselho Tutelar, o Programa de Resistência às Drogas e a Violência (PROERD), entre outros. Na saúde os agente que fazem parte do PSF (Programa de Saúde da Família), fazem visitas nas casas e às vezes têm muito contexto, onde sintomas são apresentados e a falta de informação atrapalha ao dar um suporte às famílias que estejam vivenciando esse tipo de problema.
Quem faz parte desse trabalho?
Outras duas alunas que também cursam o 7° período, os agentes de saúde da cidade, a assistente social, juntamente com todos os demais integrantes da liderança, a psicóloga da assistência social, os monitores do PETI e alguns estudantes de outros cursos da Unec.
Qual o objetivo prático das atividades?
Fazer o assunto ficar amplamente conhecido e dar suporte aos profissionais na prevenção do abuso sexual infantil.
Como é a dinâmica do projeto?
Temos buscado informações e trabalhando com documentários de pessoas que foram vítimas do abuso sexual infantil. Também trabalhamos com uma técnica de relaxamento para os profissionais, porque os encontros são às sextas-feiras e às vezes eles chegam cansados da rotina da semana. Fazemos um momento de relaxamento para que o assunto seja aproveitado da melhor maneira. Estamos trabalhando com filmes, dinâmicas e integrando as experiências já vivenciadas, momento em que eles relatam procedimentos e discutem entre si, fazendo perguntas e confidenciando coisas que já presenciaram ou perceberam, mas que não sabiam que poderiam ser sintomas de abuso. Agora os profissionais já chegam às capacitações falando sobre o que aconteceu na semana, onde foram observados traços dos quais estamos discutindo nas nossas atividades.
Existe ideia de levar essa iniciativa para outras regiões?
Sim. A cidade de Entre Folhas, por exemplo, já demonstrou interesse e vamos apresentar a proposta para os representantes do município. Além disso, outros departamentos que estiveram interessados o projeto também pode ser colocado em evidência.
Quais são as expectativas em relação ao trabalho?
Entre nossas expectativas a mais importante é uma conscientização da sociedade em relação ao crescente número de casos de abuso sexual infantil e acrescentar mais conhecimento e fundamento prático para a nossa carreira, a fim de ficarmos mais conhecidos e apresentarmos nosso trabalho com mais profundidade. Nossa meta é, além de prestarmos suporte aos indivíduos que estejam passando por situações de abuso, é, antes de tudo, divulgar que a fórmula de prevenir antes que aconteça é o mais importante.
Quais serão as próximas ações já planejadas?
No dia 18 de maio, Dia Nacional de Combate ao Abuso Sexual Infantil, vamos promover um evento envolvendo toda a sociedade e todos os departamentos que estão participando do projeto. Ainda estamos fechando a programação definitiva, mas provavelmente realizaremos uma caminhada com cartazes que irá se concentrar na praça central da cidade, onde exibiremos vídeos educativos dirigidos às crianças, para que elas mesmas conheçam mais sobre o assunto e cada uma em particular venha a se cuidar, para que não sejam vítimas de abuso.
Entre nossas expectativas a mais importante é uma conscientização da sociedade em relação ao crescente número de casos de abuso sexual infantil e acrescentar mais conhecimento e fundamento prático para a nossa carreira, a fim de ficarmos mais conhecidos e apresentarmos nosso trabalho com mais profundidade. Nossa meta é, além de prestarmos suporte aos indivíduos que estejam passando por situações de abuso, é, antes de tudo, divulgar que a fórmula de prevenir antes que aconteça é o mais importante.
Quais serão as próximas ações já planejadas?
No dia 18 de maio, Dia Nacional de Combate ao Abuso Sexual Infantil, vamos promover um evento envolvendo toda a sociedade e todos os departamentos que estão participando do projeto. Ainda estamos fechando a programação definitiva, mas provavelmente realizaremos uma caminhada com cartazes que irá se concentrar na praça central da cidade, onde exibiremos vídeos educativos dirigidos às crianças, para que elas mesmas conheçam mais sobre o assunto e cada uma em particular venha a se cuidar, para que não sejam vítimas de abuso.
Grupo envolvido no trabalho multidisciplinar busca conscientizar e prevenir abusos





