Presidente diz que Legislativo está focado na população e ressalta ações


Nayara Araújo

   Cuiabá chega aos 294 anos e assim como o prefeito Mauro Mendes (PSB), o presidente da Câmara, fundada em 1945, João Emanuel (PSD) tem muitos desafios. Ciente de que problemas consecutivos provocaram desgaste à imagem do Legislativo, o social-democrata, juntamente com os demais 24 vereadores buscam mostrar serviço e conquistar a confiança dos cuiabanos.
   A missão é árdua, afinal, a nova legislatura já começou com a polêmica em torno da renúncia do vice-prefeito João Malheiros (PR), que transformou João Emanuel no substituto direto do chefe do Executivo.
  A relação entre o Palácio Alencastro e Câmara começou conturbada, uma vez que o Legislativo revogou o aumento em 25% no valor do tributo do IPTU logo no primeiro mês de mandato. Apesar do presidente da Câmara ressaltar que a atitude foi tida como uma conquista para a população cuiabana, ela demonstrou a falta de entrosamento do Legislativo com o prefeito Mauro Mendes.
   Situação diferente da vivida pelo ex-prefeito Chico Galindo (PTB), que tinha respaldo irrestrito do então presidente Júlio Pinheiro (PTB), que teve a imagem desgastada especialmente por articular a aprovação de projetos impopulares como o da concessão do saneamento e o próprio aumento do IPTU.
  De todo modo, para João Emanuel, a revogação da elevação no tributo do IPTU foi apenas uma forma de caminhar ao lado dos interesses da população cuiabana. Ele nega que tenha agido como oposição a Mauro, sob o argumento de que tem posicionamento independente.
   “É importante ter harmonia entre Legislativo e Executivo, mas, sobretudo, deve haver independência. O IPTU foi uma batalha nossa, uma luta que enfrentamos a favor da sociedade”.
   Em seguida, ele ressalta que o papel da Câmara no desenvolvimento da cidade começa com bom desempenho nos projetos e leis municipais, além de acompanhamento de fiscalização dos trabalhos do Executivo.
  Além da revogação e redução de 25% do tributo do imposto, O social-democrata reforça que a discussão sobre possível aumento da tarifa de água, que foi barrado pelo prefeito Mauro Mendes também começou no Legislativo. Outro ato foi à revisão do artigo 17 da Lei Orgânica do Município, modificada em 2010 durante a gestão do ex-presidente da Mesa Diretora Deucimar Silva (PP), que retirou do Legislativo a atribuição do Legislativo em intervir sobre o aumento das tarifas de serviços públicos no âmbito municipal, como transporte coletivo e fornecimento de água, que agora volta a vigorar.
  Segundo João Emanuel, a atitude garante que a Câmara discuta as propostas e leve os temas ao conhecimento da sociedade. “Fizemos um esforço para alterar a Lei Orgânica e, agora, o Parlamento tem condão de discutir sobre as tarifas de ônibus e água, por exemplo. Com isso, a proximidade com a população fortalece ainda mais”. Outra bandeira defendida por João Emanuel são as sessões itinerantes que, na opinião dele, também promovem a aproximação com as pessoas. “Vamos fazer pelo menos uma ao mês. A primeira foi no bairro Santa Amália, onde os moradores reivindicaram sobre a mobilidade urbana, iluminação pública, trato com equipamento comunitário, que são as praças locais públicos”.
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