Redação
O prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes (PSB), deve se reunir pela segunda vez com os vereadores em um jantar na noite de hoje (11). Eles se reuniram há cerca de um mês quando iniciaram a discussão de temas polêmicos, como criação da verba indenizatória no Executivo, aumento do duodécimo e redução do salário do prefeito.
Desta vez, o tema central deve ser uma avaliação conjunta sobre os primeiros 100 dias da gestão, mas o líder do Executivo na Câmara, vereador Leonardo de Oliveira (PTB), explica que a proposta é aproximar o prefeito dos parlamentares.
Depois da reunião, apesar do ambiente de embate dos temas polêmicos, Mendes acabou saindo fortalecido na relação com o Legislativo e conquistou a maioria da Câmara para a aprovação de todos os projetos de sua autoria. Somente na última sessão foram aprovadas por unanimidade duas mensagens do Executivo.
Já o projeto de redução de seu salário, o mais polêmico deles, contou com quatro votos contrários, dos vereadores Allan Kardec e Arilson da Silva, ambos do PT, Toninho de Souza (PDT) e Ricardo Saad (PSDB).
A eleição da Mesa Diretora, composta pelo grupo de oposição ao prefeito, que representava a maioria da Câmara, contou com o apoio de 14 parlamentares. Atualmente, pelo menos 20 estariam mais próximos de Mendes. Segundo Oliveira, hoje o prefeito já conta com uma boa maioria que lhe garante mais tranqüilidade para trabalhar.
No entanto, as bancadas se dividem. Membros de seu próprio partido, que representam a segunda maior bancada da Câmara junto ao PSDB, tiveram posicionamentos divergentes na votação da redução do salário de Mendes. O único a apoiar o projeto foi Adilson da Levante. Faissal Calil, que apontou a inconstitucionalidade da matéria, se ausentou da sessão, e Onofre Junior se absteve.
Situação semelhante aconteceu com os tucanos. Enquanto Lueci Ramos não esconde fazer parte da base, Saad votou contrário e Maurélio Ribeiro deixou a sessão minutos antes da votação.
