MPC-MT representa contra médicos que acumulam cargos públicos


Redação
O Ministério Público de Contas de Mato Grosso propôs uma representação interna para apurar indícios de acúmulo ilegal de cargos públicos por médicos das secretarias municipais de saúde da capital e de órgãos de outros municípios e do Estado.
Foram apontados em várias prestações de contas que alguns profissionais acumulavam mais de dois cargos públicos, o que é proibido pelo artigo 37 da Constituição Federal. O MPC-MT realizou um levantamento com dados das contas anuais de gestão de várias secretarias de saúde de Mato Grosso e contatou que, pelo menos, 14 médicos estariam com três ou mais vínculos com o poder público.
O Ministério Público de Contas emitiu parecer, por intermédio do procurador de contas Gustavo Coelho Deschamps no sentido de dar procedência parcial à representação em razão de que parte dos servidores apontados no relatório técnico estariam praticando acumulo ilegal de cargos públicos.
O processo foi colocado em votação na sessão ordinária desta terça-feira, dia 16 de abril. O conselheiro relator Sérgio Ricardo acompanhou o parecer do MP de Contas e votou no sentido de dar conhecimento e provimento parcial ao processo.
Foi determinado aos atuais gestores das secretarias municipais de saúde de Cuiabá, Sinop, Chapada dos Guimarães, Santo Antonio do Leste, Poconé, Nossa Senhora do Livramento e a Secretaria de Estado de Saúde que notifiquem os servidores para que façam opção por quais cargos pretendem manter e ser exonerados.
O Pleno determinou ainda que instaurem procedimento interno para apurar se houve má-fé na acumulação desses cargos para fins de eventual ressarcimento ao erário.