Maggi disputa ou não?


Ainda faltam 18 meses para a eleição ao governo do Estado, em 2014. Entretanto, as especulações em torno dos ungidos a disputa é intensa. Dois nomes são ouvidos constantemente na mídia: os senadores Blairo Maggi (PR) e Pedro Taques (PDT), que no pleito do ano passado estiveram unidos na eleição do empresário Mauro Mendes (PSB) à Prefeitura de Cuiabá. Até junho de 2014, quando deve acontecer as convenções, muita água vai rolar por baixo da ponte e poderemos ter outros nomes da disputa, como o ex-superintendente do Dnit – Departamento Nacional de Infraestrutura Terrestre, Luiz Antônio Pagot, que no próximo dia 29 se filia no PTB. 

O cenário hoje aponta, claro, para os dois senadores. Ambos negam o interesse, mas nos bastidores, principalmente pelo lado de Taques é visível a movimentação para a consolidação de sua candidatura. Ele já vem percorrendo o interior do Estado, visitando municípios, fazendo reuniões e arregimentando lideranças para consolidar o projeto de sentar na principal cadeira do Palácio Paiaguás. 

Se pelo lado do PDT, o próprio Taques vem se articulando, no PR, quem se movimenta são deputados estaduais e federais. Todos não se cansam de afirmar que Blairo Maggi é o principal nome do partido e aquele que reúne a melhor experiência para voltar a comandar o estado. 

Mas se o partido está engajado e vem fazendo pressão para que dispute mais uma eleição ao governo, o senador não parece assim tão predisposto a entrar em mais uma campanha. Dias destes em conversa com jornalistas em Manso, Maggi foi bem claro ao dizer que não quer voltar ao Paiaguás como governador. Disse que precisa concluir seu mandato no Senado Federal e que sua meta, pelo menos por enquanto, é voltar à iniciativa privada. Isso se não mudar de ideia como fez em 2010 quando durante uma conversa com o jornalista Auro Ida, morto em 2012, resolveu encarar a disputa ao Senado. 

Se Blairo Maggi conseguir convencer seus pares de que não pretende mesmo voltar ao Paiaguás, resta outra alternativa para o grupo que apoia o senador e que vem sendo trabalhada com calma: o lançamento de Luiz Antônio Pagot, cria política de Blairo Maggi e que ao deixar o PR está se engajando no PTB. Ele não admite falar do assunto, mas já tem o apoio do padrinho político. “Se o Pagot resolver ser candidato vai ter, sim, o meu apoio”, diz Maggi. Até as convenções, no ano que vem, vamos ver se Maggi em uma ida ao banheiro muda de ideia e se Pagot terá mesmo força para unir o bloco de alianças e se tornar candidato. 



JONAS JOZINO é editor do caderno de Esportes do Diário de Cuiabá 

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