Edson Rossi estava foragido desde o dia do crime. De acordo com o delegado Adroaldo Lopes, a polícia recebeu a informação de que ele estava escondido em uma mata de difícil acesso na zona rural de Guarapari. Na última sexta-feira (19), policiais descobriram que ele estava dormindo na casa de familiares na mesma região. Na ocasião, não foi possível capturá-lo.
"Os policiais foram até lá e constataram que ele havia passado por aquele local. Por uma questão de pouco tempo não conseguiram pegá-lo. Acho que ele se sentiu pressionado e a família contactou um advogado, que o apresentou", explicou.
Na delegacia, o acusado teve uma crise de nervosismo. Segundo a polícia, ele teria cometido o crime por não se conformar com o fim do relacionamento com a mãe das adolescentes, a diarista Roseane dos Santos. O lavrador também não aceitava a acusação de que teria cometido abuso sexual contra a enteada no ano de 2009. "Eu não acredito muito nessa versão. Ele alega que esse fato não aconteceu e que, desde então, guardava uma grande mágoa da mãe das meninas. O suspeito disse que tinha ido naquele local para matar a mãe, mas não a encontrou. Por isso, ele teria decidido executar a menina, que tinha sido a causadora do conflito", completou o delegado.
O caso
Depois de matar a menina de apenas 13 anos, o suspeito sequestrou a irmã da vítima. De acordo com a mãe das jovens, ele negava a acusação de que teria abusado da enteada e já tinha afirmado que iria matá-la.
“Ele tinha raiva da minha filha porque eu o denunciei. Ele falava que era mentira e ameaçava a gente. Agora ele acabou com minha vida, porque meus filhos são tudo pra mim”, conta.
Maria Adelaide estava sentada no sofá de casa, assistindo televisão, quando foi assassinada. No quarto ao lado, estavam a irmã dela, Maiane dos Santos, e o namorado. Edson atirou no rapaz e sequestrou Maiane.
Doze horas depois do sequestro, Maiane foi deixada pelo padrasto em um matagal. Ela disse que foi encontrada por um amigo da família e que depois foi levada para o velório da irmã.
“Ele chegou atirando e me puxou, me levou para um lugar que eu não conheço. No caminho, a moto dele estragou e ele foi me puxando a pé e me levou para o mato. Eu pedi para ir embora, mas ele não deixou. Ele me colocou sentada, com as mãos amarradas. Ele disse que só iria me soltar se minha mãe fosse me buscar, mas depois de tanto insistir, ele me soltou hoje”, relata.
TV Vitória
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Redação Folha Vitória





