Juíza extingue Núcleo que atende crianças e adolescentes com problemas sociais



Acontece MT
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De acordo com denúncia feita por fontes ao site AconteceMT nesta segunda-feira (22.04), foi extinto o Núcleo dos Agentes da Infância e Juventude da Comarca de Várzea Grande, cujo o trabalho é atender e proteger as crianças e os adolescentes do município.

Segundo a fonte, o Núcleo que já existe há mais de 10 anos e realiza um trabalho relevante a sociedade, foi destituído pela Juíza de Direito em Substituição Legal da Vara Especializada da Infância e Juventude, Eulice Jaqueline da Costa Silva, sem “justificativas plausíveis”.

“O Núcleo era composto por 43 integrantes voluntários, que trabalhavam por amor e disponibilizavam esse tempo em prol da proteção das crianças e dos adolescentes. O trabalho deles era orientar as famílias, tirar crianças e adolescentes das ruas, e fazer projetos de inserção social. Hoje o município possui apenas dois conselhos tutelares, o que é pouco para o número de habitantes de Várzea Grande.”, argumentou a fonte.

O Núcleo disponibilizava de uma sala dentro do Fórum municipal de Várzea Grande, local onde realizavam o atendimento às famílias.

“Com a extinção do Núcleo a sociedade perde muito, pois sabemos que as crianças e os adolescentes são os maiores alvos para a bandidagem. Já existem dados e pesquisas que comprovam que 95% dos adolescentes em conflito com a lei têm envolvimento com drogas na comarca de Várzea Grande. Esse trabalho era importante, por acompanharem de perto esses jovens e também suas famílias, sempre buscando o melhor caminho, assim como aconteceu comigo”, destacou.

Outro Lado
A equipe do AconteceMT, entrevistou a Juíza Eulice Jaqueline da Costa Silva, que justificou, que a extinção do Núcleo ocorreu por se tratar de não haver necessidade do mesmo. Vale destacar que na portaria deferida pela autoridade não houve qualquer justificativa da extinção.

“O Núcleo não tem suporte legal, não existe previsão da existência dele. O que existe são agentes voluntários, ou seja, pessoas da sociedade que querem ajudar. A meu ver, houve muito abuso de função dos agentes para com os voluntários. Foi onde o próprio juiz que criou o Núcleo, que na verdade é uma ficção, recolheu as carteirinhas, porém o Núcleo continuou existindo. Então eu desfiz o Núcleo para os agentes irem para as ruas trabalhar, já que eles ficavam em uma sala, e não nas ruas”, explicou a juíza.

Mesmo diante da justificativa da juíza a fonte argumentou que a extinção do grupo é uma perda lamentável para a população que precisa muito dos serviços prestados pelo Núcleo.

“A justificativa dela não é cabível, a população perde muito sem esse serviço relevante aos nossos jovens. Eles ocupavam o espaço para elaborar projetos e até mesmo como ponto de referência para as famílias que procuravam neles uma saída para seus problemas. Porém o trabalho de todos é importante. Eu como cidadã que acompanho de perto esse trabalho, não concordo com a extinção”, finalizou. 

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