Galindo: verba é desnecessária


O ex-prefeito de Cuiabá, Chico Galindo (PTB), acredita que não existe necessidade de verba indenizatória para o chefe do Executivo Municipal. Apesar disso, afirma que também não fazia uso do cartão coorporativo para suprir as demandas do cargo. Ontem pela manhã, ele conversou com jornalistas. 

De acordo com o petebista, quando era necessário fazer alguma viagem ou outra coisa do tipo, tudo era pago com recursos da Prefeitura, sem necessidade de utilizar o benefício. 

“Não havia necessidade. Eu viajava pouco, e a verba indenizatória é depositada direto na conta. Se eu gastei bom, se não vai para o meu bolso. E eu não queria isso porque não ia utilizar ela toda. Primeiro porque estava no final do mandato, segundo porque depois teria que ficar prestando contas de tudo. Eu achei por bem permanecer com as diárias. Quando eu precisar ir para a Brasília, eu tiro uma passagem e a prefeitura paga dentro dos limites legais”, explica. 

A Câmara de Vereadores chegou a criar o benefício no valor de R$ 15 mil para Galindo em julho do ano passado. Contudo, o petebista vetou a verba em agosto. 

“Eu julguei que não havia essa necessidade. Foi aprovada em julho e em agosto revogada, ficou um mês, mas eu não recebi. Foi uma opção, porque eu achava que não havia necessidade de o prefeito ter isso”, explicou. 

A criação da verba indenizatória naquela época foi justamente para sanar os questionamentos do Ministério Público Estadual quanto à remuneração dos parlamentares cuiabanos, o que voltou a acontecer neste ano. 

Desta vez, no entanto, houve um acordo entre o Executivo e Legislativo, onde o prefeito Mauro Mendes concordaria com a criação da verba indenizatória de R$ 25 mil, apesar de também acreditar não ser necessário, enquanto a Câmara aprovaria, sem dificuldades, alguns projetos de sua autoria. (KA)