Fusão do PPS com PMN deverá levar Mauro e 5 deputados para nova sigla

Romilson Dourado

  Articulação em MT é conduzida pelo prefeito de Rondonópolis, Percival Muniz, com possibilidade da nova legenda chamada Mobilização Democrática ter, entre os filiados, os deputados Dilmar, Luciane e Emanuel e ainda, vereadores e alguns prefeitos, como o da Capital Mauro; fusão va ser aprovada já nesta semana----------------------------------

Deputados Dilmar, Emanuel e Luciane, assim como prefeitos Mauro e Percival devem aderir à nova sigla

   A fusão do PPS com o PMN, a ser aprovada já nesta semana em Brasília, deve provocar uma nova reviravolta no meio político em Mato Grosso, com dança das cadeiras nas bancadas de deputados e vereadores, assim como de prefeitos. O novo partido vai se chamar Mobilização Democrática. Este Blog apurou com exclusividade que, no Estado, um dos articuladores é o ex-deputado e prefeito de Rondonópolis, Percival Muniz, presidente regional do PPS. Nos bastidores, outros parlamentares foram convidados para aderir ao novo partido, brecha possível sem correr risco de perder o mandato, já que a lei pró-fidelidade do TSE permite ao eleito o direito de migrar para uma nova agremiação, como aconteceu recentemente com o surgimento do PSD.

   A investida da Mobilização Nacional sinaliza para uma bancada já com 5 deputados estaduais. A deputada Luciane Bezerra (PSB), por exemplo, admite nos bastidores ter sido convidada. O novo partido quer cooptar parlamentares também do PR, como Emanuel Pinheiro, e o único do DEM, Dilmar Dal Bosco. As negociações avançaram a partir do último final de semana.

   São parlamentares que estão se sentindo desconfortáveis em seus partidos e terão a chance de mudança sem se preocupar com perda da cadeira. Luciane foi informada que a bancada da nova sigla pode conquistar já neste ano ao menos 5 dos 24 deputados estaduais. Percival é quem "pilota" as articulações, em sintonia com o cacique e presidente nacional do PPS, deputado Roberto Freire (PE). O apresentador de tv, deputado Walter Rabello, hoje no PSD, também pode aderir ao novo grupo.

   Há uma tentativa também que atrair vários vereadores e prefeitos, como o da Capital, Mauro Mendes, que hoje enfrenta divergências no PSB com o presidente regional, deputado federal Valtenir Pereira. Essas mudanças vão motivar a criação de grupos políticos, com acomodação de alguns líderes visando as eleições gerais de 2014. Os que mais devem perder são o DEM do senador Jayme Campos e o PSD do presidente da Assembleia, deputado José Riva. Se concretizados os planos de Percival, a candidatura à Presidência da República do governador Eduardo Campos (PSB-PE) ganharia força em Mato Grosso, assim como a tendência de reforçar o nome do senador Pedro Taques (PDT) à sucessão estadual pelo bloco de oposição.

   A movimentação se intensificou porque o PT apresentou no Congresso Nacional uma PEC para impedir a chamada janela e cassar mandato e ainda reter tempo de TV dos deputados que deixarem o partido de origem. E, por isso, líderes do PPS e do PMN se apressaram para votar logo a fusão.