O deputado estadual Emanuel Pinheiro (PR) perdeu mais uma batalha para o vice-governador Chico Daltro (PSD) a quem ele acusava de possuir "superpoderes" devido ao vice-governador responder por varias outras funções no governo.
Fernanda Leite Cuiabá - MT
Após tentar anular sem sucesso o processo de licitação da Agência de Regulação
de Serviços Públicos Delegados de Mato Grosso – Ager - MT, o deputado estadual Emanuel Pinheiro (PR) decidiu “pegar” no pé do vice-governador Chico Daltro e buscou argumentos para sustentar o questionamento político.
A disputa entre os dois remonta ao período da tramitação da concorrência para o transporte coletivo intermunicipal quando Emanuel Pinheiro foi acusado de manter proximidade com empresários do ramo do transporte e daí seu empenho para anulação do edital. Daltro, na ocasião, disse que o parlamentar agiu por interesses próprios.
Desde então parece que o vice – governador se tornou inimigo número 1 do deputado. Nos últimos tempos Emanuel Pinheiro vem tecendo severas críticas a Chico Daltro pela acumulação de funções num arco que vai da Secretaria de Cidades à estratégica AGER.
Frustração
Um projeto para retirar poderes do vice-governador que, segundo Emanuel Pinheiro, ferem a constituição, não contou sequer com a ajuda inicial que recebeu para levar adiante o instrumento que limitaria a atuação do desafeto.
Na votação Emanuel não pode contar sequer com a ajuda de correligionários para retirar da órbita de influência do vice a Agência Reguladora, agora sob a batuta de Carlão Nascimento, a MT Fomento, Cepromat, Metamat, Defesa Civil e Secretaria de Cidades.
Foram 13 votos contra a mensagem e apenas 2 a favor: o voto do republicano da socialista Luciane Bezerra.
Isolamento
Emanuel Pinheiro ficou isolado ao avaliar as posturas dos republicanos, que, segundo ele, estariam “constrangidos” embora sem explicar as razões desse constrangimento e o voto contra o projeto de lei.
Dos seis deputados do PR apenas Emanuel enfrentou o presidente da Casa José Riva que, criticou a postura do deputado e assumiu uma defesa veemente da legalidade das atribuições do vice-governador.





