Aproximadamente 300 ocorrências de crimes sexuais (estupro, estupro de vulnerável e importunação ofensiva ao pudor) entraram nos últimos 12 meses nos registros da Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA). O número representa uma média de 25 casos por mês.
As vítimas têm de zero a 14 anos, mas em grande parte dos casos são crianças entre zero e 7 anos. Somente no último final de semana três casos de abusos sexuais chegaram à delegacia. Duas crianças, de 5 e 8 anos, foram molestadas sexualmente por um amigo da família, de 48 anos, que está preso. Uma menor, de 5 anos, teria sido abusada por um garoto, de 12.
Mais de 80% dos crimes ocorrem no ambiente familiar. Os abusos, geralmente, são praticados pelo pai, padrasto, madrasta, avós ou tios. Em alguns episódios a própria mãe participa ou sabem que os crimes são cometidos, mas não os denunciam à polícia.
Neste caso, ela pode ser incriminada junto com o abusador, por omissão ou co-autoria. Conforme a delegada da DPCA, Regina Márcia, muitas mães deixam de fazer a denúncia para evitar separação ou por não acreditarem nas filhas.
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