Menino de 7 anos disse à mãe que abuso ocorreu no banheiro da escola.
Dona de casa só conseguiu realizar exame no filho após três tentativas.
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Após três tentativas, finalmente um menino de sete anos, abusado sexualmente na segunda-feira (15), conseguiu fazer o exame de corpo de delito que comprova a agressão. A mãe do garoto, que prefere não se identificar, diz que a violência aconteceu dentro da escola onde ele estuda, no bairro de Guaxuma, em Maceió. Ela conta que não conseguiu atendimento para o filho das primeiras vezes porque não havia médico no Hospital Sanatório.
De acordo com a mãe, o menino chegou da escola na segunda-feira (15) bastante agitado e não conseguia subir as escadas do prédio onde mora. "Vi as marcas no braço dele e perguntei o que aconteceu, mas ele disse que não podia contar", afirma. Por orientação da polícia, a mãe também preferiu não revelar em qual escola aconteceu a agressão.
Ela diz que teve certeza do abuso quando foi dar banho no filho. "Senti o cheiro na cueca e vi que a genitália dele estava bastante ferida. Quando insisti na pergunta, ele disse que o tio da escola o amarrou no banheiro. Ele contou todos os detalhes do abuso", desabafa.
Ela disse que foi até à Central de Polícia, no bairro do Prado, e que foi encaminhada para a Delegacia de Crimes Contra a Criança e o Adolescente, onde foi atendida no dia seguinte pelo escrivão Edival Ramos. O delegado aconselhou a mãe do menino a não procurar a escola para não atrapalhar as investigações, já que a polícia não poderia prendê-lo sem o resultado dos exames.
Porém, na terça-feira (17), ela foi até a escola para tentar encontrar o homem que teria abusado do menino. “Ele ainda perguntou como meu filho filho estava, se estava bem. O delegado Nivaldo Aleixo disse que só poderia fazer alguma coisa após o exame de corpo de delito. É um absurdo! Como ele deixa um monstro à solta dentro de uma escola. Ele vai pagar caro pelo que fez com meu filho", afirma.
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Corpo de delito
Na terça-feira (16), a dona de casa foi pela primeira vez ao hospital onde são realizados os exames de corpo de delito. "Me disseram que eu deveria voltar no outro dia, porque o expediente já havia acabado e o médico tinha ido embora. Quando cheguei hoje, o médico não veio e mandaram eu vir à tarde. É uma falta de respeito com as pessoas", afirma a mãe do garoto que tem dislexia.
Na terça-feira (16), a dona de casa foi pela primeira vez ao hospital onde são realizados os exames de corpo de delito. "Me disseram que eu deveria voltar no outro dia, porque o expediente já havia acabado e o médico tinha ido embora. Quando cheguei hoje, o médico não veio e mandaram eu vir à tarde. É uma falta de respeito com as pessoas", afirma a mãe do garoto que tem dislexia.
Dentro do hospital, os funcionários informavam que os exames precisavam ser agendados porque a demada era grande e que o médico havia faltado pela manhã. Ainda segundo os funcionários do hospital, os atendimentos precisam ser agendados. Nesta quarta-feira (17), no período da tarde, havia cerca de 40 pessoas aguardando para fazer o exame.
Sem se identifcar, com medo de represálias, um funcionário do hospital disse é comum os médicos faltarem e que os exames precisam ser agendados. "É sempre assim. As pessoas lotam os corredores para fazer os exames. Os médicos chegam aqui e, algumas vezes, são chamados para o IML, e ninguém fica para substituir. Por isso, os funcionários agendam o atendimento", afirma.
Procurada pela reportagem do G1, a assessoria de comunicação do Instituto Médico Legal (IML) disse que são atendidas 30 pessoas por dia e que não é comum que os médicos faltem ao plantão, justamente pelo fluxo de pessoas para fazer os exames.
Já sobre o agendamento, a assessoria informou que o procedimento é apenas os exames necessários para que a pessoa possa adquirir o seguro DPVAT.





