Crédito : Nilson Bastian / Câmara dos Deputados
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes ouvirá nesta terça-feira (2) o depoimento dos diretores do Consórcio Norte Energia e do Consórcio Construtor de Belo Monte a respeito da existência de uma rede de exploração sexual e de tráfico de pessoas no município de Vitória do Xingu, a cerca de 50 km de Altamira (PA). A audiência pública, que ocorrerá às 14h30, no plenário 13 do anexo II da Câmara dos
Deputados, é resultado de um requerimento apresentado na última terça-feira (26) pela presidente da CPI, deputada federal Erika Kokay (PT-DF). Na quarta-feira (3), o colegiado ouvirá os depoimentos dos diretores de investimentos do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal.
A iniciativa é resultado de uma denúncia apresentada à CPI pelo Conselho Tutelar de Altamira, localizado no sudoeste do Pará, no dia 14 de fevereiro deste ano, que indica a existência de uma rede de exploração sexual e de tráfico de pessoas no município de Vitória do Xingu, a cerca de 50 km de Altamira (PA).
De acordo com a conselheira tutelar de Altamira, Lucenilda Lima, que prestou depoimento ao colegiado no último dia 6 de fevereiro, pelo menos 12 jovens foram forçadas a se prostituir em uma boate localizada próximo ao sítio Pimental, um dos canteiros de obras da Usina Hidrelétrica Belo Monte.
“Cada uma delas chegou devendo R$ 3 mil. Todos os quartos em que ocorriam os programas eram pequenos, não havia entrada e saída de ar e todas as portas fechavam só por fora. Dentro da boate havia também um capataz armado chamado ‘Alemão’, que era encarregado de vigiar as moças. Caso qualquer uma delas tentasse fugir, ele era encarregado de matá-las”, denunciou Lucenilda, na ocasião.
A deputada Erika Kokay justificou no texto do requerimento apresentado à CPI que, “tendo em vista que a referida conselheira já prestou depoimento nesta CPI e dada a necessidade de se combater e punir, a todo custo, as redes de prostituição e de tráfico humano no País, solicitamos que sejam convocadas as referidas autoridades, de modo a contribuírem com os trabalhos desta Comissão”, disse a parlamentar.
“Cada uma delas chegou devendo R$ 3 mil. Todos os quartos em que ocorriam os programas eram pequenos, não havia entrada e saída de ar e todas as portas fechavam só por fora. Dentro da boate havia também um capataz armado chamado ‘Alemão’, que era encarregado de vigiar as moças. Caso qualquer uma delas tentasse fugir, ele era encarregado de matá-las”, denunciou Lucenilda, na ocasião.
A deputada Erika Kokay justificou no texto do requerimento apresentado à CPI que, “tendo em vista que a referida conselheira já prestou depoimento nesta CPI e dada a necessidade de se combater e punir, a todo custo, as redes de prostituição e de tráfico humano no País, solicitamos que sejam convocadas as referidas autoridades, de modo a contribuírem com os trabalhos desta Comissão”, disse a parlamentar.
Segundo Erika, “a sociedade vem se confrontando com os impactos sociais resultantes das inúmeras obras para a realização dos Mega Eventos: a Copa das
Confederações e a Copa do Mundo, que estão, em virtude das obras, promovendo diversas formas de violações de direitos de crianças e
adolescentes”.
Confederações e a Copa do Mundo, que estão, em virtude das obras, promovendo diversas formas de violações de direitos de crianças e
adolescentes”.
“Com isso precisamos contar com um monitoramento e controle social das mitigações e impactos socioambientais nestes lugares”, disse a deputada, reiterando que “a participação do Ministro dos Esportes (na audiência) contribuirá para uma discussão ampla sobre os impactos sociais gerados para a realização destes eventos no nosso país”.
Cleber Augusto
Assessoria de Imprensa
Cleber Augusto
Assessoria de Imprensa
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