Câmara volta a pressionar Mauro

Da Reportagem

Os vereadores de Cuiabá devem se reunir novamente com o prefeito Mauro Mendes (PSB) na próxima semana, com o objetivo de pressioná-lo a elevar o duodécimo. Por conta do impasse, projetos de autoria do Executivo vêm sendo ignorados pela mesa diretora. 

Prova disso é a mensagem que prevê a redução de R$ 22 para R$ 17 mil de seu salário, bem como a que cria cargos veiculados à Secretaria de Governo para cuidar do gerenciamento de projetos e convênios. Elas foram encaminhadas por Mendes há cerca de três semanas e sua apreciação vem sendo postergada. 

De acordo com o líder do Governo na Câmara, vereador Leonardo Oliveira (PTB), houve um compromisso do presidente da Casa, vereador João Emanuel (PSD), no sentido de aprovar esses projetos na quinta-feira (04), quando seria feita a limpeza de pauta. 

“O João Emanuel explicou para a gente na reunião interna antes da sessão, que teve muitos projetos que tiveram que entrar, que foi a questão dos títulos de Cidadão Cuiabano. Por isso não foi colocado ainda, mas que quinta-feira coloca em pauta zerando tudo”, explica o vereador. 

Apesar disso, o petebista afirma que o duodécimo será um dos assuntos tratados na reunião com o prefeito. “Reivindicação sempre é válida. Agora, o Mauro está estudando juridicamente. Ele pediu um tempo para que fosse feito este estudo, porque nós estamos no teto de 4,5%. Então é alguns pontos que pode aumentar ou não”, pontua Oliveira. 

O parlamentar ainda garante que esses encontros devem se tornar corriqueiros, uma vez que a intenção do chefe do Executivo Municipal é trabalhar em “sintonia” com o Legislativo. 

“O prefeito teve uma reunião há duas semanas com os 25 vereadores e pediu um pouco de paciência a eles, porque ele está focado muito na gestão. Mas, mais para frente, vamos ter maior proximidade, definir um encontro, nem que for mensalmente para podermos dialogar com o prefeito e estreitar essa relação”. 

João Emanuel solicitou um estudo técnico de toda a peça orçamentária do município referente ao ano passado, para verificar se os 4,5% das receitas tributárias estão sendo repassadas para a Câmara. De acordo com o presidente da Casa, um relatório prévio mostrou alguns pontos questionáveis. 

Desta forma, ele garante que assim que tiver o documento final em mãos irá requerer de maneira formal a inclusão de determinados pontos que estão ficando de fora. 

Mendes, por sua vez, garante que a Legislação está sendo cumprida. “A Lei Orçamentária Anual foi feita no ano passado, não foi feita por mim. Quando foi feito o Orçamento, já se sabia que haveria 25 vereadores. E o nosso limite orçamentário está sendo cumprido. Não fui eu quem inventou a democracia nem a Constituição brasileira. E não serei eu quem vai consertar uma série de leis. As leis têm que ser cumpridas”.