Foto: Josi Pettengill
Carlos Rayel, secretário de Comunicação, critica postura do ministro Brizola
O secretário estadual de Comunicação, publicitário Carlos Eduardo Rayel, disse que "faltou no mínimo cortesia" do pedetista Brizola Neto, que visitou Mato Grosso pela primeira vez como ministro do Trabalho, na última sexta, e, sequer, procurou o governador Silval Barbosa, principal autoridade política do Estado. Esse procedimento acabou revelando a senha da conotação política da agenda do ministro, que foi recepcionado no aeroporto internacional Marechal Rondon, em Várzea Grande, pelos também pedetistas, senador Pedro Taques e prefeito Otaviano Pivetta. Ambos começam a fazer oposição sistemática ao Palácio Paiaguás e a montar estratégias para as eleições de 2014, inclusive com Taques já se colocando como pré-candidato à sucessão estadual.
Assim que desembarcou, Brizola Neto, sem ao menos manter contato por telefone com o governador, seguiu para Lucas do Rio Verde. Retornou ao Marechal Rondon na mesma sexta e seguiu para Brasília. Para Rayel, um dos principais porta-vozes do Paiaguás, Brizola deve explicações. Primeiro, deixou de manter contato com a autoridade que comanda o Estado e que tem na pauta uma série de reivindicações junto ao governo federal na área do trabalho, conduzida pelo pedetista. Segundo, precisa explicar se a visita foi oficial e, caso contrário, quem deverá pagar as despesas, já que fora incluído da agenda um movimento com viés político.
Foto: Soraia Ferreira
Senador Pedro Taques, ministro Brizola Neto e deputado Zeca Viana, em ato isolado do governo de MT
Numa falta de consideração para com o chefe do Executivo estadual, o ministro anunciou, em Lucas do Rio Verde, município que voltou a ser comandado por Pivetta, programas de qualificação profissional voltados à Copa do Mundo 2014, que terá Cuiabá como uma das sedes. As obras e outros projetos preparativos para o Mundial são tocados pelo governo estadual, em parceria com a União. Ainda em Lucas, Brizola rasgou elogios à figura do senador Taques, chegando a defendê-lo como candidato à presidência do Senado.
