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Quanto mais tempo os filhos passam na internet, mais os pais devem ficar atentos. A rede mundial de computadores tem muita diversão, mas é nela também que pessoas mal intencionadas tentam se aproximar das crianças. No noroeste paulista, casos de pedofilia foram descobertos pela polícia.
O sentimento é de revolta. A vítima é uma menina de 8 anos e os contatos eram feitos pela internet. “Não tenho nem explicação. Desde quando descobri até hoje eu não consigo mais dormir em paz”, afirma a mãe da menina, que não quis se identificar.
Segundo a menina, homem fazia várias promessas. “Ele falava que eu ia andar a cavalo com ele e me chamava para ir a um canavial. Ele falava que se ele me desse presente, se eu não faria alguma coisa em troca”, diz a menina.
Foi durante um desses encontros virtuais, que a mãe descobriu o assédio. “Ele mandou convite para minha filha, ela aceitou e ele já mandou uma foto com uma coisa horrível. Daí ela me chamou desesperada aí eu fui ao perfil dele e vi que só tinha criança”, diz a mãe.
Foram dois meses de investigação. A polícia de Potirendaba (SP) localizou o homem de 30 anos em Nova Itapirema (SP), distrito de Nova Aliança (SP). Segundo os investigadores, ele tinha vários perfis em uma rede social na internet. Pelo menos 20 crianças da região teriam sido vítimas do suspeito.
De acordo com o delegado Renato Pupo, um dos agentes criou um perfil falso na internet e monitorou o homem. Em uma operação na casa do suspeito foram apreendidos um computador, CDs e pen drive. Ele não foi preso. “Não existia um flagrante. Ele não estava no computador quando chegamos, talvez a única coisa que pudesse ser um flagrante poderia ser o armazenamento de fotos de cunho pornográfico, mas não sabemos se nas fotos eram crianças ou adolescentes que aparecem. Então o laudo do instituto criminalístico pode dizer”, afirma.
Em Araçatuba (SP) esse homem descobriu que o filho dele era vítima de um pedófilo depois que o adolescente começou a mudar a atitude em casa. “Ele estava muito apavorado, pedia dinheiro e eu não tinha. Aí ele falava que ia ganhar dinheiro fácil. Achei no começo que seria drogas, mas ele confessou e me disse que tinha um senhor que dava dinheiro para ele”, diz o pai, que também não quis se identificar.
O caso foi registrado na polícia, mas o acusado também não foi detido. Diante dessa realidade, é preciso redobrar a atenção. O especialista em crimes pela internet Adriano Cansian orienta: a criança sempre deve estar sob os olhos dos pais quando navega pela internet. O diálogo também é um bom caminho para evitar o assédio pelo computador. “Não existe uma solução tecnológica para este problema. O que resolve é educar a criança e explicar que isso tem risco”, conta.
Crimes de pedofilia estão ficando cada vez mais comuns na região (Foto: Reprodução / TV Tem)
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