Mendes deve decidir em fevereiro se funde secretarias


Tema polêmico voltará a ser pauta no retorno da Câmara. Ex-vereador acumula as duas secretarias

Thiago Bergamasco/MidiaNews
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O prefeito Mauro Mendes, que decidirá sobre fusão de pastas
ISA SOUSA
DA REDAÇÃO
A definição do prefeito Mauro Mendes de unir, ou não, as secretarias municipais de Cultura e Turismo ainda deve demorar, pelo menos, mais um mês.

A previsão é do próprio secretário Marcus Fabrício, que acumula as duas pastas, reforçada pela assessoria do prefeito. Empossado em Turismo, Marcus assumiu a Secretaria de Cultura, após um pedido feito por Mendes. 

Apesar de negarem que há uma possibilidade maior pela fusão, o fato de Marcus Fabrício ter se tornado o responsável pelas duas pastas abre uma tendência maior pela união.

O prazo de pouco mais de trinta dias é uma previsão baseada na abertura dos trabalhos da Câmara Municipal, em fevereiro, já que o pedido de fusão precisa da aprovação dos parlamentares.

O secretário Marcus Fabrício não quis emitir sua opinião sobre o tema, mas disse que está em processo de avaliação da situação de cada uma das pastas assumida por ele.

O resultado preliminar do estudo será apresentado em reunião com Mauro Mendes e todo o secretariado, na terça-feira (8).

O titular das pastas, no entanto, ponderou que, assim como o relatório entregue a Mendes pela equipe de transição, em que havia a sugestão para a fusão, é possível que ele vá na mesma direção.

“O prefeito está fazendo uma avaliação e dependerá dele. Obviamente, eu vou poder sugerir, após um balanço criterioso, se é preciso ou não. Não nego que a última palavra é de Mauro”, disse aoMidiaNews.

Redução de quadros
Um dos principais critérios levados em conta pela gestão de Mendes para a fusão é econômico, já que o quadro de funcionários se reduziria e o espaço seria um só.

Outra justificativa, feita por meio da assessoria, é que, para o prefeito, a cultura cuiabana é um atrativo turístico e não teria lógica uma ser estudada sem a outra.

Apesar dessas avaliações, Mendes estaria conversando com o trade turístico e com pessoas ligadas a cultura para entender os prós e contras das classes.

A união das secretarias causou polêmica no meio artístico. O protesto foi no sentido de que se batalhou muito para conseguir uma pasta que desenvolvesse projetos estritamente culturais e que, caso houvesse a fusão, eles sairiam perdendo.

Outro alerta da classe é que a mudança inviabilizaria a obtenção de recursos.

O secretário Marcus Fabrício negou que a composição de uma pasta que contemple turismo e cultura prejudique uma das duas.

“Se for feita, a união não significará perda de recursos. A economia é de pessoal, do local onde ficará a secretária, de despesas com serviços. Apenas isso”, reforçou.
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