O prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes (PSB), avisou na manhã de hoje que não conseguirá neste ano dar início a construção de um novo pronto-socorro e hospital municipal e ainda contratação de 100 novos médicos caso a Câmara de Vereadores revogue a aprovação de um aumento de 25% na alíquota do IPTU (Imposto Predial, Territorial e Urbano). "A possibilidade de construção do novo pronto-socorro está vinculado ao aumento do IPTU. Se a Câmara cancelar, provavelmente não teremos recursos para executar esta obra em 2013", ameaçou.
Mauro Mendes projetou que uma eventual correção no valor do IPTU possibilitaria uma receita de R$ 15 milhões neste ano. Ele também considerou que "sem os recursos, os projetos ficarão totalmente comprometidos".
Nesta sexta-feira, o presidente da Câmara de Vereadores, João Emanuel Moreira Lima (PSD), concede uma entrevista coletiva às 8h30 para explicar a provável revogação do aumento do imposto. O projeto enviado no final do ano passado pelo então prefeito Chico Galindo (PTB), com o aval de Mauro Mendes, apresentou uma série de "vícios formais".
Na manhã de hoje, Mauro Mendes teve uma reunião com o governador Silval Barbosa (PMDB) no palácio Paiaguás. Durante o encontro, o prefeito se colocou a disposição para contribuir com o Governo do Estado para agilizar e acelerar as obras e projetos relacionados a Copa do Mundo de 2014 em vários setores.
Sem revanchismo
Apesar de terem estado em lados opostos na disputa eleitoral do ano passado, Silval Barbosa e Mauro Mendes demonstraram que as rusgas políticas estão superados. "Fizemos uma visita de cortesia ao governador para nos colocarmos a disposição", sinalizou.
O secretário-chefe da Casa Civil, Pedro Nadaf (PR), afirmou que o Governo do Estado não prejudicará a capital do Estado pelo fato do governador ter apoiado o ex-vereador Lúdio Cabral (PT). "Cuiabá está acima de todos interesses políticos. A eleição acabou e agora é todo mundo de mãos dadas", assinalou.
Nadaf recordou que os ex-prefeitos de Cuiabá nunca demonstraram interesse em participar ativamente dos projetos relacionados a Copa. "São mais de R$ 3,5 bilhões em investimentos somente para a Copa. De maneira alguma, o Governo deixará de cumprir com seu papel", opinou.