Gabriela Galvão
Segundo a denúncia feita pelo Ministério Público Federal, há indícios consistentes da participação de Riva, Savi, Juarez e Eliene no esquema. As investigações, porém, não teriam avançado devido ao foro privilegiado de cada um. À época, Juarez era deputado estadual.
No processo, inclusive, o nome de Riva ganha destaque. Conforme os procuradores Mário Lúcio de Avelar e Douglas Santos Araújo, o social-democrata teria “enorme” influência na execução da política fundiária e ambiental do Estado. “Há indícios fortes de que o referido deputado estadual não somente interferia na aprovação de planos de manejo florestal e licenciamento ambiental de propriedades rurais, a despeito de ilegais, tanto de sua base política como também de áreas que detinha o controle”, assinalam.
Ainda de acordo com a denúncia, informações da Polícia Federal davam conta de que o presidente “se apropriava de terras públicas do Estado mediante a anuência do Instituto de Terras de Mato Grosso. Após a apropriação as terras eram vendidas a terceiros ou eram objeto de licenciamento ambiental para fins de exploração da madeira.
Cabe agora à Procuradoria-Geral, em Brasília, avaliar o processo e decidir se oferece, ou não, denúncia contra cada um dos citados. O ofício foi encaminhado em 19 de novembro do ano passado, quase três anos após a deflagração da Operação Jurupari, quando Schneider tornou réus os 133 acusados do processo. Os delitos são relacionados à extração e comércio ilegal de madeiras na Floresta Amazônica.