Valérya Próspero
A Comissão de Ética foi instaurada porque a Executiva do PSB ficou de “mãos amarradas” diante da desobediência de Onofre e Faissal. A instância, no entanto, pode avaliar, investiga e encaminhar os procedimentos disciplinares que podem acarretar em punição aos filiados que cometem infidelidade partidária, desrespeitam o estatuto ou cometem outras transgressões. No caso de parlamentares, a infidelidade partidária pode ensejar a perda do mandato.
O presidente do diretório municipal do PSB Robério Garcia informou que o advogado José Antônio Rosa, que prestou assessoria jurídica à campanha de Mauro, vai prestar consultoria sobre a situação dos vereadores “rebeldes”. As representações contra a dupla devem aparecer após a manifestação do consultor. “Os vereadores podem ser punidos por infidelidade partidária. Vamos receber a manifestação do José Rosa. Depois a Executiva se reúne para estudar o caso”, ressaltou.
A Comissão de Ética é formada por Edivande França (presidente), Weverton Rayder (vice) e Erivelton Vieira Nunes (secretário-geral). O comportamento dos vereadores será avaliado por eles, caso algum filiado solicite providências.
O voto de Onofre e Faissal foram decisivos para a derrota de Levante à presidência da Câmara, por 11 a 14, garantindo a vitória de João Emanuel (PSD). Agora, um oposicionista deve assumir o comando do Executivo sempre que Mauro se ausentar da cidade, já que o deputado estadual João Malheiros (PR), eleito vice-prefeito, renunciou ao cargo antes mesmo de tomar posse.
O RDNews tentou entrar em contato com os vereadores. Onofre e Faissal não retornaram os telefonemas.