Com base no Estatuto do PSD, os vereadores podem sofrer uma simples advertência até expulsão e eventual requerimento do mandato
RONALDO PACHECO
Considerado favorito desde que conquistou a maior votação da história, o vereador Doutor Waldir Bento da Costa (PMDB) foi eleito presidente da Câmara de Várzea Grande, superando a chapa encabeçada pelo vereador Wanderley Cerqueira (PSD), conquistando 13 votos contra oito do opositor. Todavia, os vereadores do PSD que votaram em Doutor Waldir descumpriram a orientação da Executiva Estadual do partido, conforme documento assinado pelo presidente, vice-governador Chico Daltro. A reportagem do Hipernotícias apurou que eles correm o risco de sofrer sanções partidárias, com base no Estatuto do PSD, que vão desde simples advertência até expulsão e eventual requerimento do mandato.
Marcos Lopes/HiperNotícias
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Posse de vereadores em Várzea Grande já começa com polêmica partidária
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Além de Doutor Waldir na presidência, a chapa eleita tem Leonardo Mayer (DEM) como primeiro vice, Pedrinho Colares (PSD) ocupando como segundo vice, Maninho de Barros (PSD) como primeiro secretário, e Joaquim Antunes (PMDB) como segundo secretário.“Penso em fazer um pacto por várzea Grande e não mais em disputas. É hora de darmos as mãos”, ponderou Doutor Waldir. Sobre o risco de expulsão dos vereadores do PSD, ele disse que é questão “interna corporis” e não vai interferir, mas se diz “defensor das liberdades democráticas”.Doutor Waldir pregou a harmonia entre os poderes constituídos e um amplo diálogo entre os dirigentes de Várzea Grande – Executivo e Legislativo – com a sociedade varzeagrandense.Wanderley Cerqueira negou que vá pedir a expulsão dos vereadores do PSD. Ele lembrou que as sanções serão discutidas e impostas, se necessário, no âmbito do diretório regional, sem a sua participação. “Quem deu a ordem [de unidade partidária] foi a Executiva Estadual e não eu. Então, lá é o foro adequado para discutir isso”, argumentou ele.Além de Maninho de Barros e Pedrinho Colares, o vereador Chico Curvo também desobedeceu a ordem de Chico Daltro.No quinto mandato, Chico Curvo assegurou que exerceu o direito de voto “de acordo com a consciência” e que, se for acionado pelo PSD, deseja apenas “o direito de ampla defesa”.Cerqueira não quis fornecer cópia do documento do Diretório do PSD, em que determinava o voto “no candidato do partido a presidente da Câmara”.A reportagem do Hipernotícias tentou sucessivos contatos com Chico Daltro, por telefone, mas não obteve retorno.