TNOnlineFolhaPressSÃO PAULO, SP, 22 de janeiro (Folhapress) - A Suprema Corte da Índia ouve hoje um pedido, feito por um dos cinco acusados pelo estupro seguido de morte de uma estudante em Nova Déli, para que a audiência seja transferida para fora da capital, alegando que a atmosfera da cidade estaria inflamada demais pelo ocorrido para garantir um julgamento justo.
A violência contra a estudante, de 23 anos, ocorrida em um ônibus, do qual ela foi jogada ferida e sem roupa, juntamente com um amigo, ganhou relevância mundial e jogou luz sobre um tipo de crime recorrente no país, que costuma permanecer impune. Centenas de milhares de pessoas foram às ruas para pedir a punição dos estupradores.
Mukesh Singh, um dos indiciados no caso, pediu ao judiciário indiano para que o julgamento fosse realizado em qualquer lugar do país, com exceção de Nova Déli --cidade que ostenta a pecha de "capital indiana do estupro"--, onde o crime ocorreu, já que a pressão pública sobre a policia e a Justiça tornaria impossível um processo isento.
Os cinco adultos acusados --os quais se declararam inocentes--, se considerados culpados, podem ser condenados à morte. Um sexto réu seria menor de idade e está sendo julgado em um tribunal separado. Portas fechadas
O julgamento terá início na quinta e não deverá sofrer os atrasos comumente associados ao sistema judiciário indiano. O juiz Yogesh Khanna negou uma moção da defesa para tornar públicos os procedimentos, alegando que o tribunal deve permanecer a portas fechadas devido à natureza sensível do crime.
Uma audiência preliminar ocorreu ontem, a primeira desde que o caso foi transferido para uma corte especial, mais ágil, designada para julgar certos crimes específicos. Os réus chegaram ao tribunal com os rostos enrolados em cachecóis e sob intensa proteção policial.
Acusado de estupro pede que caso seja julgado fora de Nova Déli
janeiro 22, 2013
Estupro