O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), foi enfático ao dizer que sua esposa, a primeira-dama Márcia Pinheiro (PV), só aceitará a suplência de uma chapa ao Senado Federal caso a federação de esquerda (composta por PT, PV e PCdoB) tiver uma candidatura competitiva ao governo do Estado. A afirmação foi feita nesta segunda-feira, 1º de agosto, em coletiva de imprensa.
Desde o início do ano, Emanuel tem buscado construir um projeto de oposição ao governador Mauro Mendes (União), pré-candidato à reeleição. Na semana passada, ele anunciou que a esquerda convidou a primeira-dama para encabeçar chapa ao governo. Porém, essa proposta não agradou o deputado federal Neri Geller (PP), que pretende disputar a vaga no Senado com Márcia na primeira suplência.
“A gente precisa ter a convicção, a certeza. Não podemos ficar nesse mar de dúvidas de que estariam fazendo um jogo, uma articulação para o governador, para preparar o WO fazendo uma chapa camarão, sem a cabeça, só colocando a candidatura ao Senado como a única pauta importante para eleições de Mato Grosso neste ano. Não é. E nem a primeira-dama vai se prestar a esse papel, até porque estaríamos traindo a sociedade”, enfatizou.
Um encontro realizado na semana passada entre a membros da federação, Neri e Emanuel terminou com a definição de que o progressista iria ajudar na construção da chapa ao governo. O presidente do PT em Mato Grosso, deputado estadual Valdir Barranco, garantiu que a federação terá um projeto ao governo e afirmou que se não aparecer outro nome competitivo, a esquerda apostará na primeira-dama da capital.
Essa possibilidade também foi defendida pelo prefeito, que destacou que não articularia uma primeira suplência sem uma candidatura ao governo, pois se sente na obrigação de debater os principais temas sociais do estado durante a campanha.
“Eu jamais vou deixar passar para a sociedade que eu estaria negociando todo o nosso posicionamento político, todo o questionamento que fazemos em relação ao governo, em defesa da sociedade, por uma primeira suplência. Então o quê? O Emanuel negociou tudo por uma primeira suplência? E a luta, a perseguição contra os servidores públicos, a campanha de desmonte contra o serviço público, o não respeito aos direitos conquistados pelos servidores, como a RGA?”, questionou.
“Tudo isso são pautas conceituais que precisam ser debatidas com a sociedade, mostrando onde está nossa divergência do governador. Jogar tudo isso fora para um interesse menor, pessoal, jamais!”, enfatizou.
Apesar dos apelos de Barranco e de Emanuel, Neri afirmou na última sexta-feira, 29, que a única coisa garantida no grupo é a chapa senatoria, sem se comprometer com a construção da disputa ao governo. Geller é aliado do governador Mauro Mendes e foi um dos defensores da tese de palanque aberto, o que causa atritos na ala oposicionista.
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