Polícia combate prostituição e tráfico de drogas no centro de Cuiabá e Várzea Grande


Polícia combate prostituição e tráfico de drogas no centro de Cuiabá e Várzea Grande
24/02/2011 - 10h47  
Da Redação
Pontos com suspeita de prostituição infanto-juvenil e venda de drogas foram alvos de uma fiscalização da Polícia operação “Lua”, deflagrada no final da tarde desta quarta-feira (23.02), em Cuiabá, em parceria com o Ministério do Trabalho Estadual (MTE). A inspeção foi realizada por policiais das Delegacias e Centros Integrados de Segurança e Cidadania (CISC) de Cuiabá com reforço do Grupo de Operações Especiais (Goe) e das Delegacias de Defesa da Mulher, Distrital do Jardim Gloria e CISC Parque do Lago, de Várzea Grande e da Inspetoria de Menores, do Juizado da Infância e Juventude de Cuiabá.

Bares utilizados para favorecimento à prostituição, hotéis disfarçados de motéis sem alvará de funcionamento e imóveis abandonados utilizados para o consumo de drogas. Essa é realidade encontrada no centro da capital, nas áreas do Calçadão da Ricardo Franco, Travessa 27 de Setembro, Beco do Candeeiro e Morro da Luz, locais vistoriados pelos policiais, inspetores e fiscais do MTE para averiguar a existência de crianças e adolescentes em situação de risco.
A varredura finalizou com três autuações pela Polícia Civil de uso de droga, favorecimento à prostituição e cumprido de um mandado de prisão, além da Ministério do Trabalho Estadual, de trabalho degradante. Também foram realizadas várias checagens de pessoas no Centro Integrado de Operações de Segurança (CIOSP).

O delegado Paulo Alberto Araújo, titular da Delegacia Especializada do Adolescente (DEA) coordenou a operação junto com a Delegacia Especializada de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (Deddica). De acordo com Araújo, a vistoria tem como base informações repassadas por menores ouvidos na Delegacia.
Operação Lua em conjunto com MTE e Inspetoria de Menores. não foi constatado. Por outro lado foi identificada a degradação do trabalho pelo Ministério do Trabalho. “É um local não apropriado para o trabalho e também um ambiente sem higiene no centro da cidade”, disse.

Em ponto de ônibus, pessoas agradecerem a operação e pediram a presença de policiais mais vezes na área devido à presença de usuários de drogas. “A Polícia trabalha com a segurança pública que não é só prisão. Essas mulheres encontradas ali são vítimas também”, disse o delegado.
Em dois bares da Travessa 27 de Setembro foram encontradas várias garotas que utilizam os estabelecimentos como ponto de encontro de clientes para a prostituição. Em um deles, sem nome na fachada, foi apreendido um caderno de contabilidade com valores cobrados pelas mulheres nos programas sexuais. Os clientes são levados para quartos de hotéis próximos, que vivem em boa parte das diárias cobradas dos clientes levados pelas garotas.
O dono do bar, Bartolomeu Pereira dos Santos, que não estava no local será investigado por favorecimento à prostituição. Ele já tem passagens por violência doméstica e falsidade ideológica. “Prostituição não é crime, a exploração sim. O município precisa estar mais presente nos locais para que as mulheres encontradas ali possam ter melhores oportunidades”, analisa o delegado Paulo Araújo.

A fiscalização encontrou dois desses hotéis na Ricardo Franco. Num deles não foi apresentado alvará de funcionamento. A delegada Daniela Maidel disse que uma jovem contou que pega o cliente em um bar próximo e leva para hotel onde faz programas sexuais. O quarto é alugado por R$ 15,00 à hora.

A informação foi confirmada por uma mulher de 30 anos que disse ficar no bar para conseguir clientes. Ela contou que cobra R$ 50 pelo programa e a comissão do bar fica pelo consumo de bebidas do tipo Ice e energéticos, vendidas muito acima do preço, das quais induz o cliente a comprar”. “Aqui é um bar de programa mesmo. Abre a partir das 9 horas e só fecha ao escurecer”, afirmou.

Nos locais visitados, os fiscais do Ministério do Trabalho colheram informações dos trabalhadores, averiguaram a situação do trabalhador, o tipo de remuneração, alimentação e alojamento. “Nosso enfoque é encontrar alguma coisa que configura a degradância”, disse o fiscal Rogério Matoso.

A delegada Silvia Virgínia, diretora adjunta metropolitana, disse que alvo era averiguar a existência de crianças e adolescentes em situação de risco. “Iremos continuar fazendo essas ações porque precisamos coibir essa prática”, disse.

Foram mobilizados 55 policiais, entre delegados, investigadores e escrivães para a operação. Doze auditores fiscais do Ministério do Trabalho Estadual e inspetores do Juizado da Infância e Juventude.

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