ONG de SP promove marcha contra abuso sexual em crianças e adolescentes

Evento marca Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual.
Psicólogo relata abusos sofridos por alunos de três escolas da Zona Sul.
Do G1, em São Paulo
Foto: José Cruz/Agência Brasil

Pequenos estudantes prestigiam o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, no Parque da Cidade, em Brasília, no domingo (18). (Foto: José Cruz/Agência Brasil)

Uma Organização Não-Governamental (ONG) que oferece trabalho assistencial e psicológico a alunos carentes de escolas públicas de São Paulo pretende reunir, nesta segunda-feira (18), pelo menos 1.500 pessoas para uma marcha de 1 km no Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes.

Além da capital paulista, várias cidades do Brasil realizam ações por conta da data, criada como lei federal em 2000 para protestar contra a morte de Araceli Cabrera Sanches, menina de 8 anos de idade que também foi espancada, drogada e estuprada por jovens de famílias ricas. O crime, cometido em 1973, em Vitória, no Espírito Santo, causou comoção à época.

Em 2008, o Disque Denúncia Nacional de Abuso e Exploração Sexual contra Crianças e Adolescentes (Disque 100), do Governo Federal, recebeu 1.518 denúncias em São Paulo.


À frente da ONG Makanudos de Javeh, fundada em 2002, Thiago Torres desenvolve trabalhos educacionais e de apoio para alunos de 13 escolas que já relataram ter sido vítimas de atos promíscuos e violência física ou sexual praticados por adultos. “A ONG foi fundada justamente por causa dos altos índices de criminalidade, abusos e pedofilia contra menores de 18 anos na Zona Sul de São Paulo”, disse Torres ao G1.

Denúncias
Só em três dessas escolas, conta Torres, foram mais de 20 denúncias de abuso sexual praticados por adultos contra crianças. “A violência ocorre dentro de casa, por um tio, avô pai, irmão ou até fora de casa, por homens mais velhos. Muitas vezes, o abuso é consentido pela criança. Temos casos de homens de 40 anos que namoram e mantêm relação sexual com garotas de 12, 13 anos. Isso é um absurdo”, afirmou. “O objetivo da marcha é conscientizar as pessoas sobre esses problemas que existem bem perto de nós.”

A marcha deverá sair às 14h, da Rua Helade, altura do número 125, cruzando a Avenida Santa Catarina, descendo a Avenida Lino de Moraes Leme e terminando no “piscinão” da Avenida Jornalista Roberto Marinho, localizado na Rua Lacônia. No local, haverá atividades recreativas e informativas, além de apresentações de bandas musicais e a participação de políticos que integram a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pedofilia.

http://g1.globo.com/Noticias/SaoPaulo/0,,MUL1129262-5605,00-ONG+DE+SP+PROMOVE+MARCHA+CONTRA+ABUSO+SEXUAL+EM+CRIANCAS+E+ADOLESCENTES.html

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