A pediatra Lilia Embiruçu (foto) disse que a maior parte das crianças e adolescentes chega ao sistema de saúde quando já não pode receber tratamento para evitar infecção por DST
De acordo com a pediatra do Centro de Atenção e Apoio à Vida Dr. David Capistrano, Lilia Embiruçu, a profilaxia pós-exposição, que consiste no uso de remédios para diminuir a chance de infecção por DST (Doença Sexualmente Transmissível), deve ser realizada em até 72 horas após a exposição ao risco. Além disso, a pediatra explicou que quando o profissional da saúde atende uma vítima de abuso, precisa coletar material para identificação do agressor, como pelos pubianos e resquícios de esperma.
“Muitas vezes nada disso é possível porque as vítimas são encaminhadas para a gente muito tempo depois do abuso acontecer”, disse. Um dos motivos para isso seria a dificuldade de denunciar o agressor, já que, segundo estudos na área, muitos são da própria família.
O coordenador do Núcleo de Defesa da Criança e do Adolescente da UESB (Universidade Estadual da Bahia), Carlos Públio, afirmou que quando um caso chega à justiça, há despreparo profissional para lidar com a situação. “Lembro de um juiz que tentou ganhar a confiança de uma criança vítima de abuso para que ela prestasse depoimento. O argumento que ele utilizou foi que todos que estavam no local eram como tios dela e que, portanto ela poderia confiar. Precisei alertá-lo que aquela criança tinha sido violentada justamente pelo tio”, contou.
Segundo ele, historicamente há casos de abuso sexual, mas a assistência às vítimas só começou a ser realizada efetivamente no país em 2001, com o Projeto Sentinela.
"É inadmissível, por exemplo, que os próprios médicos ou professores não tomem nenhuma providência quando suspeitam que uma criança é vitima de abuso. E essa omissão acontece.", afirmou Carlos.
Neste ano foram notificados em Vitória da Conquista 91 casos de violência envolvendo crianças e adolescentes. A maior parte refere-se a abuso sexual de meninas.
Fábio Serrato, de Vitória da Conquista
A Agência de Notícias da Aids cobre o evento com apoio do Unaids Brasil.
Dica de Entrevista
Assessora de Imprensa do evento – Lucinéia Oliveira
Tel.: (77) 8827-0615
E-mail: jornalista.lucineia@gmail.com
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novembro 20, 2010
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