Estudo diz que casos de pedofilia cresceram 22% nos últimos 5 anos

Da Redação, com TV Band Vale

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Um levantamento feito pela USP (Universidade de São Paulo) mostrou que os registros de casos de pedofilia cresceram 22% nos últimos cinco anos. O estudo é do NUFOR (Núcleo de Estudos e Pesquisas em Psiquiatria Forense e Psicologia Jurídica) do Hospital das Clínicas.

No Vale do Paraíba, no interior de São Paulo, só este ano, doze pedófilos já foram denunciados, e em Taubaté, outros cinco acusados estão sob investigação. Além da condenação dos criminosos, que incentiva as pessoas a denunciar, a delegada de defesa da mulher, Fernanda Rangel Brandão, também atribui o resultado ao artigo 245 do Estatuto da Criança e do Adolescente.

“Os professores e profissionais que trabalham com crianças passaram a ficar mais atentos ao comportamento dos menores e a denunciar qualquer suspeita de abuso”, afirmou.

CPI da pedofilia
O aumento do abuso sexual de menores fez a Assembleia Legislativa de São Paulo instaurar uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito). Depois de seis meses de trabalho, a CPI constatou que em 87% dos casos, o agressor era alguém próximo da vítima.

Ainda de acordo com a CPI, de cada dez casas, apenas uma é relatada e somente 10% das denúncias vão parar na Justiça. O promotor de execuções criminais, Paulo Rogério Bastos Costa, explica que o número baixo de processos é resultado da própria família, que acaba acobertando o caso.

A CPI descobriu ainda que só 5% dos processos terminam em condenação. Segundo o promotor, isso acontece porque, na maioria dos casos, é difícil encontrar provas.

A comissão parlamentar de inquérito recomendou a elaboração de leis voltadas para impedir a ação de pedófilos, principalmente pela internet. Entre as sugestões estão o fechamento de lan-houses usadas para o aliciamento de menores e também a criação de um cadastro de ips, que facilite a localização dos computadores.


Redação: Eduardo Djun
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