Policial militar é acusado de agredir servidora federal em Rondonópolis Roberto Nunes A Tribuna de Rondonópolis
O caso de um suposto abuso de poder e violência física contra a funcionária federal dos Correios, Alessandra Alves Fonseca, 34 anos, e a prisão de outro funcionário, na quinta-feira (14), poderá ser investigado pela Polícia Federal. A informação é dos representantes do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios em Mato Grosso (Sintct/MT), que também levou o caso ao conhecimento do Ministério Público Estadual e da Corregedoria da Polícia Militar do Estado de Mato Grosso.
De acordo com o carteiro membro do Sintct, Gilmar Machado Moura, a entidade vai acompanhar o andamento de todos os processos de investigação sobre a agressão e o abuso de poder aos funcionários dos Correios. “A nossa primeira ação foi tornar público o caso. Agora vamos prestar apoio à vítima de agressão e acompanhar o desenrolar dos processos. A nossa categoria clama por Justiça, um fato como este não pode ficar sem punição do culpado”, disse. Segundo o delegado federal Tales Souza Frausino, até o final da tarde de ontem (15), não havia chegado nenhum pedido de investigação direcionado à Polícia Federal. “A situação cabe a investigação da Polícia Federal uma vez que trata de uma funcionária de órgão federal no exercício de sua função. Tanto a vítima, como os Correios, poderão solicitar a abertura de inquérito na Delegacia de Polícia Federal”, disse o delegado. Na tarde de sexta-feira, o comandante do 5º Batalhão de Polícia Militar de Rondonópolis, major Moura, afastou das atividades operacionais da PM o sargento Adilson Koch, acusado da agressão e do abuso de poder contra os funcionários federais. Também foi aberta uma sindicância para investigação da conduta do acusado “A partir desta segunda-feira (18), ele vai exercer funções administrativas. A sindicância vai avaliar o comportamento do policial diante das acusações. Se for constatado abuso de poder, ele será punido de acordo com o grau de culpa”, afirmou o comandante. A presidente do Conselho da Mulher, Sandra Raquel Mendes e sua equipe estiveram na tarde de ontem visitando a funcionária dos Correios Alessandra Alves Fonseca. “Fomos prestar solidariedade e mostrar o nosso repúdio contra esta situação. A suspeita de crime não se enquadra na Lei Maria da Penha, uma vez que não foi uma agressão doméstica. Por isso, foi sugerido à vítima que além do registro de Boletim de Ocorrência, fosse também aberta uma representação contra o suspeito, que resultará na abertura de um inquérito do caso”, disse Sandra Raquel. Na avaliação de Sandra Raquel, este foi um fato isolado que não poderá servir para arranhar a imagem da Polícia Militar diante das mulheres. “As mulheres devem confiar no trabalho da PM. O comando já tomou providências de imediato, abrindo uma sindicância e pedindo o afastamento do suspeito das atividades operacionais”, ressaltou. Nesta sexta-feira (15), o comandante do 5º Batalhão de Polícia Militar, Major Moura, esteve na sede do Conselho da Mulher para prestar esclarecimentos diante da suspeita de agressão da funcionária dos Correios por um sargento da PM. Repudiando a situação, funcionários dos Correios de Rondonópolis realizaram na manhã de ontem um manifesto na frente da agência onde aconteceu o fato, localizada na Avenida Goiânia. No manifesto, esteve o presidente do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios de Mato Grosso (Sintct/MT), Francisco da Silva Adão. Conforme relatos da vítima, na tarde de quinta-feira (14), o sargento da Polícia Militar, Adilson Koch, estava na agência dos Correios, na Avenida Goiânia, procurando por informações sobre uma correspondência que não chegou à sua residência. Ele foi atendido pela própria Alessandra Fonseca, que informou que o carteiro havia ido em sua casa mas, não localizou o endereço e por isso a correspondência havia sido devolvida ao seu emissário. A vítima conta que, em seguida, o sargento começou a criticar os serviços do órgão. “O nome dos Correios sempre está na mídia por ter funcionários incompetentes como você”, repassou Alessandra, reproduzindo, segundo ela, as palavras que teriam sido ditas pelo policial. “Eu disse a ele que reclamasse com a gerência ou no serviço de 0800 do órgão. Após lhe passar essa informação, ele começou e me fotografar. Pedi a ele para apagar as fotos tiradas. Tivemos uma discussão e ele me deu voz de prisão alegando desacato”, conta Alessandra Fonseca. Conforme a vítima, após receber voz de prisão, o sargento a tirou à força de trás do balcão de atendimento para algemá-la. “Resisti à ação policial injusta porque não cometi nenhum crime. Na tentativa de prisão ele me jogou no chão por três vezes e me chutou. Seis viaturas foram chamadas para me conduzir até o Cisc. Todos os clientes que estavam na hora presenciaram esta ação injusta. Fui tratada como uma criminosa”, desabafa. Outro funcionário chegou ao local, na hora do ocorrido e, na tentativa de defender a colega de trabalho, também foi preso. A vítima passou por exame de Corpo Delito no Instituto Médico Legal (IML) ainda ontem. Ela teve vários hematomas nos braços e barriga. Além de reclamar de fortes dores pelo corpo. |
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