Em Sorocaba, seminário avança plano de combate à pedofilia


 
Eventou reuniu nomes importantes da área
Emerson Ferraz/ Secom
Atualizada em: 08/10/201007h28


Ipanema online
Foi encerrado na tarde desta quinta-feira (7) o Seminário de Enfrentamento da Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes, evento que foi realizado no Centro Arquidiocesano de Pastoral e marcou a 3ª Semana Municipal de Combate à Pedofilia. Além do sucesso de público – mais de duzentas pessoas participaram dos dois dias de atividades, a organização comemora o avanço nos trabalhos de elaboração do Plano Municipal de Enfrentamento da Violência Sexual de Sorocaba.

“Ficamos felizes com a participação de pessoas dos mais variados setores da cidade, durante esses dois de seminário. É claro que a gente sempre quer mais, quer que toda a comunidade participe deste debate e reflita sobre o problema da pedofilia. Além disso, estamos satisfeitos, porque encerramos o seminário com propostas para o Plano Municipal de Enfrentamento da Violência Sexual de Sorocaba”, analisa Daniela Valentim, coordenadora do evento e também da Vigilância de Violências e Acidentes de Sorocaba (Viva).

Os grupos de trabalho para a elaboração do Plano se reuniram na tarde desta quinta-feira. Além dos organizadores e dos profissionais de diversas áreas (saúde, educação, segurança pública, assistência social etc.) presentes no evento, palestrantes do seminário também colaboraram com suas sugestões para definir as diretrizes do plano. “Nossa intenção é conseguir entregar a versão final deste documento à sociedade sorocabana durante a quarta edição da Semana Municipal de Combate à Pedofilia, que será realizada em outubro de 2011. Depois disso, iremos acompanhar para que este plano se torne realidade, que saia do papel”, diz Daniela.

O seminário foi realizado pela Prefeitura de Sorocaba, por meio da Secretaria da Saúde, envolvendo a Vigilância de Violências e Acidentes (Viva), em parceria com o Projeto de Apoio à Cidadania e Infância (Pacin) e Projeto Vencer. Também participaram da organização as secretarias da Juventude (Sejuv), Educação (Sedu) e Cidadania (Secid).

 

A importância da denúncia

 

De acordo com dados da Viva, em 2009 foram notificados pelos serviços de saúde da cidade 112 casos de violência sexual em Sorocaba. Deste total, 91 (81%) ocorreram com crianças e adolescentes, entre 2 e 19 anos. O sexo mais acometido é o feminino (78%). Estudos apontam ainda que apenas 13% dos agressores são desconhecidos da vítima, 20% são conhecidos e 67% possuem algum vínculo familiar ou institucional.

Na opinião do professor Joseleno Vieira dos Santos, da Pontifícia Universidade Católica (PUC) de Goiás, psicólogo e coordenador do Fórum Goiano de Enfrentamento da Violência Sexual de Crianças e Adolescentes, novos casos de pedofilia só serão evitados se a população não se calar, e passar a denunciar este crime.

“Na medida em que as situações de violência sexual são denunciadas, nós alcançaremos outro patamar: a denúncia, que resulta em inquéritos e processos e, os autores dessas agressões poderão ser punidos pela legislação, já que a pedofilia é crime”, explica Joseleno.

Também participaram do seminário o advogado José Antônio Milagre, especialista em direito da tecnologia da informação, analista de segurança, programador e perito computacional, que conduziu a conferência “Pedofilia e internet”, e a médica sanitarista Naoko Yanagizawa Jardim da Silveira, da Secretaria da Saúde de Campinas, que falou sobre a Iluminar Campinas – Rede de Cuidados às pessoas com situação de Violência Sexual.







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