Representante de ONG relembra o caso da menina de 14 anos que denunciou “antro” da pedofilia em VG, e volta a defender a criação do Conselho Municipal de Combate a Pedofilia

O presidente da ONG MT Contra a Pedofilia Toninho do Gloria relembrou o caso da pequena P.S.R., uma estudante de apenas 14 anos, saiu de casa para o colégio em Cuiabá e sumiu. Uma semana depois ela ligou para a mãe contando que estava em uma boate em Várzea Grande, sendo mantida em cárcere privado. Alguns dias depois, ela conseguiu fugir, mas as marcas da violência sexual empregada contra menores pode ter mudado a vida dela para sempre,destacou Toninho do Gloria.


A menor contou que foi obrigada por uma mulher a manter relações sexuais com homens com mais de 40 anos, usar droga e beber vinho e cerveja todos os dias, sem direito, sequer a colocar os pés na rua. No mesmo local havia outras garotas da mesma idade, uma inclusive, de apenas 13 anos.

A boate, também era conhecida como “Casa de Tolerância” ficava localizada no bairro Capão Grande, outrora um distrito calmo e pacato, ao lado do Colina Verdejante, na periferia de Várzea Grande. A mulher que lidera a prostituição infantil é identificada apenas como “Aninha”.

O presidente Toninho do Gloria recorda que no primeiro relato que a menina fez à Polícia Civil, ela conta que foi levada para o local por outra menina de 13 anos, que já freqüentava a casa, juntos com outras menores, todos com menos de 15 anos de idade.

Além de serem obrigadas a manter relações sexuais com homens de mais de 40 anos, muitas vezes por dia, as garotas, segundo relato da menor de que 14 anos que conseguiu fugir do local, todas elas ainda são obrigadas a usar drogas e beber cerveja e vinho junto com os “clientes”.

O caso de P.S.R. é, em verdade, mais um a povoar as estatísticas de crimes sexuais que ocorrem em Mato Grosso.destacou o presidente da ONG MT Contra a Pedofilia, Toninho do Gloria.

Conselho Municipal de Combate a Pedofilia

O vereador Toninho do Gloria Líder da bancada do (PV), apresentou projeto de lei que cria o Conselho Municipal de Combate à Pedofilia. O objetivo da proposta é evidenciar à população os fatos que envolvem crimes de pedofilia na cidade, para conscientizar e orientar.

Com a implantação do conselho, estão previstas no projeto palestras e seminários para ampliar o debate sobre a pedofilia, métodos de identificação e combate. “A intenção é mobilizar e convocar toda a sociedade a participar dessa luta para impedir a violência sexual contra crianças e adolescentes. Ninguém está livre de ser atingido por essa situação”, justifica Toninho do Gloria, lembrando que no ano passado ministrou palestra sobre o tema e reuniu assistentes sociais, professores, ONGs e entidades ligadas ao combate à exploração sexual.

Com caráter deliberativo, consultivo e normativo de assessoramento, o conselho deverá encaminhar sugestões como aumento da pena para crimes de pedofilia e para quem produzir, reproduzir, dirigir, fotografar, filmar ou registrar cenas de sexo explícito ou pornografia que envolvam crianças ou adolescentes.

De acordo com Toninho do Gloria, a vítima de violência sexual sofre danos irreparáveis em seu desenvolvimento físico, psíquico, social e moral. “Esses danos podem trazer consequências penosas para a vida, como, por exemplo, uso de drogas, gravidez precoce indesejável, distúrbios de comportamento, condutas antissociais e doenças sexualmente transmissíveis”, lamenta.

A punição, de acordo com o regimento do conselho, compreenderia hotéis, motéis ou congêneres, quando flagrados abrigando crianças ou adolescentes desacompanhados ou sem autorização dos pais. Devem, ainda, pagar multa de dez a 50 salários mínimos, aplicada em dobro em caso de reincidência, correndo o risco do fechamento do estabelecimento por 15 dias.

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