Quadrilha que aplica golpes pela internet em MT e outros estados é presa pela PC em Cuiabá e VG

 

As prisões fazem parte da segunda fase da “Operação Miqueias” [Foto – PJC-MT]

A Polícia Civil deflagrou na manhã desta quarta-feira (3) a  segunda fase da “Operação Miqueias”, que tem como alvo uma organização criminosa voltada para prática de golpes cometidos pela internet.  Em Cuiabá e Várzea Grande, estão sendo cumpridos 12 mandados de prisão preventiva com apoio da Delegacia de Estelionato da capital. Ao menos nove alvos já foram presos e seriam líderes da quadrilha.

Na capital, as ordens judiciais são cumpridas nos bairros Jardim Imperial, Osmar Cabral, Campo Velho, Jardim Mariana, Goiabeiras, Cophema, Jardim Independência. Já em Várzea Grande, os alvos estão nos bairros Hélio Ponce de Arruda, Residencial José Carlos Guimarães, Novo Mundo e Jardim Imperial.

De acordo com a assessoria da Polícia Civil, as ordens judiciais são cumpridas na cidade de Cuiabá e Várzea Grande. Os trabalhos são coordenados pelo delegado de São José do Rio Preto, Renato Gomes Camacho, e pelo delegado Pablo Carneiro, da Delegacia de Estelionato de Cuiabá e contam com apoio de policiais da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) e da Gerência de Operações Especiais (GOE).

A primeira fase da operação foi deflagrada no dia 13 de abril, onde 21 mandados de busca e apreensão foram expedidos pela Justiça de São José do Rio Preto (SP). Depois de identificar quem recebia o dinheiro dos golpes, a Polícia Civil daquele município voltou a Cuiabá para prender os suspeitos de chefiarem a organização criminosa que fazia vítimas em São Paulo e outros estados do país.

A quadrilha de Cuiabá e Várzea Grande chegou a fazer mais de 100 vítimas somente em São Paulo, apesar de agir em todo o território nacional. A polícia identificou, entre os integrantes da organização criminosa, o repasse de valores escalonados, hierarquia e divisão de funções.

Os alvos dos mandados de prisão desta quarta-feira são os destinatários finais do dinheiro das vítimas e também os responsáveis por ensinar a aplicar os golpes e vender dados pessoais.

Os golpes

Os alvos estão envolvidos em golpes conhecidos como “Golpe do Whatsapp” e “Golpe da OLX”.  No primeiro, os criminosos criam um perfil falso no aplicativo de mensagens, utilizando a fotografia da vítima, e entram em contato com amigos e familiares, solicitando valores emprestados.

Já no “Golpe da OLX”, os suspeitos se aproveitam de anúncios de veículos dispostos em sites de compra e venda pela internet para oferecerem automóveis anunciados e assim ludibriar compradores e vendedores para que o dinheiro do negócio seja depositado na conta da associação criminosa.

A consumação do crime ocorre quando as vítimas, induzidas a erro, efetuam transferências via pix para contas indicadas pelo grupo criminoso. Os valores arrecadados podem ultrapassar a casa de milhões de reais e ainda não é possível precisar o montante de pessoas lesadas com os golpes aplicados pelos criminosos.

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