Para MPE, “canhão” era termo utilizado por gestão de Pinheiro para identificar favores políticos

 

Prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB)

“Canhão”, esse era o termo utilizado pela gestão do prefeito de Cuiabá Emanuel Pinheiro (MDB), segundo o Ministério Público do Estado, para identificar favores políticos, a exemplo, da concessão do prêmio saúde, que conforme o órgão era uma moeda de troca do gestor com vereadores e até deputados.

As informações constam dos relatórios técnicos produzidos pelos agentes da Polícia Judiciária Civil, integrantes do GAECO e do NACO do MPMT, com base nas perícias realizadas nos aparelhos telefônicos e documentos apreendidos dos investigados na Operação Capistrum.

O MPE acusa Emanuel e os coinvestigados Márcia Pinheiro, Antônio Monreal Neto, Ivone de Souza e Ricardo Aparecido Ribeiro de integrarem uma organização criminosa voltada para contratações irregulares de servidores temporários na Secretaria de Saúde de Cuiabá, que, em sua maioria teria sido realizada sem necessidade e para atender interesses políticos do prefeito de Cuiabá, além do pagamento irregular do chamado “Prêmio Saúde”, que estaria sendo efetuado sem parametrização quanto ao valor e aos cargos que deveriam fazer jus ao referido benefício.

“Nas buscas realizadas foi apreendido um documento impresso com data de 19 de abril de 2021, no qual é solicitado a implantação de prêmio saúde à servidora XXXXX, não sendo identificada a autoria da assinatura, contendo informações manuscritas em caneta de cor azul na parte superior com a palavra "CANHÃO", o que pode indicar que a motivação da contratação seja por apoio político, conforme apurado nas investigações do presente Inquérito Policial n° 003/2021/GOP-PJC/NACO-MPMT” cita trecho do relatório emitido pelo MPE.

Com base nos novos documentos, o MPE pede o afastamento do prefeito. O recurso do órgão ministerial tramita no Superior Tribunal de Justiça e aguarda a apresentação de defesa do prefeito para ser julgado em sessão virtual.

Leia mais: Ministro suspende julgamento e dá prazo para Emanuel apresentar defesa contra novas provas

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