De abril de 2021 a janeiro deste ano, o programa Fitoviva, da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), que funciona no horto Florestal “Tote Garcia”, atendeu a mais de 600 pacientes com consultas, dispensação de plantas medicinais processadas e doação de mudas para cultivo. Dentre aqueles que optaram pelo tratamento natural e obteve bons resultados está a vendedora Maria Gilma Silva Barbosa Ribeiro, 55. Ela sofria de bruxismo desencadeado pela ansiedade. A dentista que a atendia orientou a procurar o “Dr. Foguinho”, como é conhecido o farmacêutico, fitoterapeuta e trofoterapeuta Devanil Roza Fernandes, responsável técnico pelo Fitoviva.
Maria Gilma começou seu tratamento fitoterápico em maio do ano passado. Ela aprendeu a utilizar chás de ervas e fazer uma alimentação saudável, com frutas e legumes que favorecessem seu quadro. Quatro meses depois de uso racional de chá de camomila e erva cidreira, ela percebeu que voltou a dormir bem, retornou à dentista e confirmou que estava curada do bruxismo. “A dentista disse que não dava para perceber mais nada, meus dentes estavam normais. Eu estava dormindo pouco, mas agora estou dormindo bem”, conta.
Além disso, a vendedora conta que também fez tratamento fitoterápico para tratar problemas de azia, intestino preso e hemorroida. “Com a orientação, realmente melhorou muito pra mim, inclusive o Dr. Foguinho me deu os chás. Eu tinha muita ânsia ao me alimentar. Ele me passou comer uma fatia de abacaxi depois do almoço, orientou também a fazer caminhadas, até mesmo iogurte natural ele me ensinou a fazer. Em termos do acompanhamento, é ótimo porque ele orienta a maneira correta de fazer os chás. Ele é uma pessoa disponível para auxiliar quando precisamos”, elogia Maria Gilma.
Ela conta que já era adepta de tratamento fitoterápicos, porém, fazia por conta própria. “Quando eu achava que estava precisando de alguma coisa para ansiedade, eu ia na farmácia de manipulação e comprava, mas não estava funcionando porque precisa da orientação e acompanhamento de quem realmente entende”.
Ao longo do acompanhamento no projeto Fitoviva, Maria Gilma conheceu o canteiro matriz do projeto, onde ganhou algumas mudas de manjericão e arruda que passou a cultivar em casa. “Uso na salada para ajudar o funcionamento do intestino”. Ela conta que percebe uma mudança ampla, não só na saúde física. “Meu comportamento mudou. Passei a tirar fritura. Tenho preocupação desde o momento de comprar os alimentos até o preparo da comida”, afirma.
Curada de infecção por diabetes
Quem também encontrou a cura através das plantas medicinais após ser atendida no projeto Fitoviva foi a aposentada Roselane Estevina de Barros, 58 anos. Ela conta que já estava há seis meses fazendo tratamento vascular até mesmo fora do estado porque é diabética e hipertensa e estava com uma infecção na perna, que estava inchada, ferida e roxa. Mesmo fazendo uso de inúmeros antibióticos, o problema não era resolvido. “Faziam curativo, me passavam antibiótico. Melhorava, mas não fechava a ferida”, recorda.
Diante da situação, em julho de 2021, a médica vascular que acompanhava Roselane indicou que ela procurasse um tratamento psicoterápico e a encaminhou para a Unidade Referência em Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (URPICS), da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), que funciona dentro do Horto Florestal. Lá a aposentada começou a fazer auriculoterapia e também iniciou tratamento fitoterápico.
“Na auriculoterapia ela falou que meu pé tinha quer ser com Dr. Foguinho. Ele me deu ervas, comecei a fazer uso de chás, banho. Eu usei semente de abacate como antibiótico. A gente rala, torra, faz o pó e come nas refeições uma colherzinha de café. Colônia para antiinflamatório, ela que curou minha perna. E usei um pacotinho para eliminar gordura do sangue e dar sensação de saciedade, que me ajudou na eliminação de peso”, relata Roselane.
Os resultados na saúde da paciente foram percebidos em três meses. “Em outubro, a ferida da perna cicatrizou. Minha perna desinchou completamente, perdi 16 quilos, minha diabete e minha pressão controlou. Sem dúvida, foi por causa das plantas. Minha pressão chegava a 26/14 e hoje está em 13/9, 13/8 porque ainda estou obesa, mas continuo emagrecendo. Minha diabete chegou a 400 e hoje está em 138. Eu melhorei 100% praticamente, estou muito agradecida”, afirma.
Além da saúde física, Roselane de Barros destaca que até mesmo sua saúde mental melhorou com a auriculoterapia e plantas medicinais. “Eu estava com depressão, com encaminhamento para psiquiatra, mas nem precisei. Eu fiz auriculoterapia e usei também muita erva cidreira, hortelã, alecrim. Eles dão a receita, explicam, têm um dom e uma paciência para ensinar, um carinho com a gente que você precisa de ver. Foi muito bom! Eu gosto muito de ir lá. Pra tudo eu melhorei muito! Minha filha ficou de queixo caído”, elogia a aposentada.
Atendimento
Para conseguir uma consulta na Unidade de Referência às Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (URPICS), onde é feita consulta com o farmacêutico, fitoterapeuta, trofoterapeuta e responsável técnico pelo programa Fitoviva, Devanil Roza Fernandes, basta entrar em contato pelo telefone 65 3665-2420 ou pelo e-mail unidadepics@cuiaba.mt.gov.br.
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