Kleber Lima diz que João Emanuel é “chantagista e golpista”

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Em entrevista ao programa Chamada Geral, da rádio Mega FM, o secretário de comunicação de Cuiabá, Kleber Lima classificou o presidente da Câmara Municipal, João Emanuel (PSD) de “menino mimado”, “chantagista” e “golpista”.
“Como Cuiabá não tem vice-prefeito, ele sonha acordado numa possibilidade de virar prefeito, na base do golpe. Essa é a verdadeira jogada por trás desse barulho todo” “O presidente da Câmara está se comportando como um menino mimado. Ele ocupa todo o seu tempo para pensar em dinheiro… Ele está tentando encontrar maneiras de chantagear o prefeito Mauro Mendes para aumentar o repasse do duodécimo. Mas ele deveria explicar como está gastando os R$ 2,7 milhões que recebe, limpinho, todo mês”, disse.
O secretário acusou o vereador de tentar dar um golpe para afastar Mendes do Palácio Alencastro.
“Como Cuiabá não tem vice-prefeito, ele sonha acordado numa possibilidade de virar prefeito, na base do golpe. Essa é a verdadeira jogada por trás desse barulho todo. É uma medida desesperada de quem precisa produzir mais dinheiro e, como não consegue, quer virar prefeito, nem que seja por um dia, pra produzir o dinheiro que ele precisa”, atacou.
Lima disse que tem “inúmeras informações”, sobre de reuniões “às escondidas” de João Emanuel, para se atingir o “grande objetivo” de virar prefeito.
Suspeitas de fraudes
“Na base do golpe, da armação, da chicana jurídica, ele não vai conseguir. A Capital de Mato Grosso é uma cidade tricentenária, ele não terá êxito nessas jogadinhas políticas baratas”, disse.
Nas entrelinhas, Kleber Lima deixou transparecer que o prefeito Mauro Mendes poderá, até mesmo, tentar cassar o mandato de João Emanuel.
“Cuiabá não merece esse tipo de golpe e o prefeito não aceitará essa prática… E dará o combate necessário para afastar da vida pública esse tipo de iniciativa”, disse.
O secretário afirmou que o presidente João Emanuel terá que responder pelas suspeitas de fraudes em processos legislativos, por meio de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) instalada nesta semana.
“O plenário aprova um projeto, mas ele chega ao Executivo enxertado de até vinte emendas. Alguém enxerta, faz uma redação diferente, de algo que nenhum vereador votou. Há, pelo menos, três situações em que isso aconteceu”, afirmou.
A situação a qual Kelber Lima se refere diz respeito ao texto modificado do projeto que autorizou a realização do mutirão da conciliação, que visa receber débitos vencidos de contribuintes.
O texto chegou à Câmara com 28 artigos e saiu de lá com 48, embora não tenha sido apresentada nenhuma emenda pelos vereadores.
Kleber Lima diz que João Emanuel faz chantagem pelo fato de ter instalado uma COmissão Parlamentar de Inquérito para oinvestigar a locação de máquinas por parte da prefeitura de Cuiabá. Como o caso já foi investigado e arquivado pelo Ministério Público, por não ter encontrado nenhum problema, o secretário afirma que a CPI tem o mero objetivo de chantagear o prefeito por mais repasses à Câmara Municipal, uma vrez que a verba indenizatório dos vereadores foi cortada pela magistrada Maria Erotides Kneip BAranjak, a pedido do MP.
Outro lado
O presidente da Câmara de Cuiabá, João Emanuel, negou que esteja pressionando o prefeito Mauro Mendes (PSB) por reajuste do duodécimo e o acusou de retaliação por estar “com medo” de ser investigado pela Câmara. Segundo Emanuel, os pedidos de instalação de três Comissões Parlamentares de Inquérito (CPI) para investigar sua gestão são uma tentativa de intimidação do prefeito.
Em entrevista ao programa “Folha Mix”, da Rádio Mix FM, Emanuel disse que o “revide” foi motivado pela abertura da CPI dos Maquinários, que investigará contratos de R$ 9,5 milhões da prefeitura para locação de maquinários – entre eles, o contrato de R$ 3,6 milhões firmado com a Trimec Construções e Terraplanagem Ltda., empresa que pertence a um sócio e amigo do prefeito, Wanderley Torres.
“O momento em que essas três CPIs foram propostas já mostra que é uma tentativa de tirar o foco da CPI dos Maquinários, pois foi logo em seguida. Eu estranhei o fato de a investigação em um único contrato estar causando toda essa celeuma. Acho que existe boi na linha nessa licitação. Me disseram que a eles vão ingressar na Justiça para tentar alterar membros da CPI. Por que o Executivo está com tanto medo de ser investigado? Tem gato na tuba”, disse.
O vereador também negou qualquer briga de bastidores com Mendes, e disse que a instalação da CPI dos Maquinários não ocorreu por pressão para aumentar os repasses de verbas, conforme afirmou o secretário de Comunicação, Kleber Lima.
“Eu não estou atacando uma pessoa do Poder Executivo com essa CPI, e sim um contrato. Quem não deve não teme. Quem não deve não manda recado, não coloca assessor recém-contratado para falar em nome do Poder Executivo, dizendo que o problema dos vereadores é dinheiro”, afirmou o parlamentar. (COm Midia News)