William da Rocinha deixa presídio, entre lágrimas e sorrisos, depois de receber habeas corpus


William da Rocinha chora ao deixar o presídio, na tarde desta quarta-feira
William da Rocinha chora ao deixar o presídio, na tarde desta quarta-feira Foto: Lucas Figueiredo
Paolla Serra
Tamanho do texto A A A
O líder comunitário William de Oliveira, o William da Rocinha, ex-presidente de uma das associações de moradores da favela, deixou o presídio Evaristo da Veiga, em São Cristóvão, região central do Rio, no início da tarde desta quarta-feira. Ele e Alexandre Leopoldino Pereira da Silva, o Perninha, vice-presidente da associação, ganharam um habeas corpus da desembargadora Monica Tolledo de Oliveira. Na saída da unidade, William chorou, sorriu e cumprimentou parentes e amigos, antes de entrar no carro de seu advogado, Bernardo Kappen.
O líder comunitário sorri, ao entrar no carro do advogado
O líder comunitário sorri, ao entrar no carro do advogado Foto: Lucas Figueiredo
Mais cedo, o advogado informou que entrará, ainda esta semana, com uma apelação contra a condenação de William e Alexandre pelos crimes de associação para o tráfico e de tráfico de drogas, com os agravantes de terem sido cometidos nas imediações de um estabelecimento social e pelo uso de arma de fogo. De acordo com Kappen, ao contrário do que foi levado em conta pela Justiça, William era inimigo do traficante Antônio Bonfim Lopes, o Nem. No processo, há um vídeo que mostra a suposta negociação de armas entre Nem, William e Alexandre, na Rocinha:
- A condenação é absurda. Eles não cometeram os crimes de associação e não existe nenhuma prova disso.
William da Rocinha cumprimenta duas mulheres, na saída do Evaristo da Veiga
William da Rocinha cumprimenta duas mulheres, na saída do Evaristo da Veiga Foto: Lucas Figueiredo
Sobre o caso
William e Alexandre foram presos em dezembro de 2011, após serem flagrados em um vídeo que os mostraria vendendo um fuzil Nem, chefe do tráfico na comunidade na época. O traficante era réu no mesmo processo e foi condenado a dez anos e oito meses de prisão. Beneficiados por serem réus primários, William da Rocinha e Perninha foram absolvidos pelo crime de posse ou porte ilegal por arma de fogo.


Leia mais: http://extra.globo.com/casos-de-policia/william-da-rocinha-deixa-presidio-entre-lagrimas-sorrisos-depois-de-receber-habeas-corpus-8259035.html#ixzz2S3i424AB