Fernando de Almeida da redação.
Dançando
O Senador Pedro Taques (PDT) que dizem ser a “bola da vez” para assumir o governo do Estado, depois do incompetente e atrapalhado Silval Barbosa (PMDB), está numa verdadeira “sinuca de bico”. É aquela velha conversa, se ficar o bicho pega e se correr o bicho come. Caso Pedro Taques fique no PDT corre o sério risco de não ser candidato a governador, pois o seu partido está feliz da vida com a presidente Dilma, de quem recentemente ganhou o Ministério do Trabalho. E se deixa o PDT, Pedro definitivamente perderá o apoio do partido. Terá dificuldades para construir um bom arco de alianças.
Coragem
Pedro Taques tem que deixar os medos de lado. Tem que fazer política de verdade. Ele sabe que é ilusão a sua permanência no PDT, caso ele realmente deseje ser candidato a governador. Pelo menos hoje, o nome do Senador é o que reúne mais potencial para enfrentar as outras forças políticas, que se articulam, visando às eleições de 2014. Mais ele precisa resgatar a coragem da qual era detentor quando atuava como membro do MP.
Tá definido
No PDT, ele pode ser enganado até a última hora pela executiva nacional, na qual não se pode confiar de forma alguma. Ele vai perder muito tempo tentando viabilizar a sua candidatura junto ao partido, que um dia foi do saudoso Brizola e, hoje é de pessoas da estirpe de Luppi, Ministro do Trabalho, que Dilma não mais queria, mas que aceitou o seu nome, porque precisa do PDT no seu palanque.
Filme
Pode acontecer com Pedro o que aconteceu com Mauro Mendes (PSB) em 2010. O atual prefeito de Cuiabá ficou até o último minuto da prorrogação lutando contra os adversários e contra a cúpula nacional para registrar a sua candidatura a governador. No final conseguiu, mas a cúpula nacional o largou sozinho. A Dilma (PT), como candidata a presidente, esteve no Mato Grosso e encheu Silval Barbosa (PMDB) de afagos e de recursos. Do Mauro Mendes guardou distância. Não se propôs nem a aparecer com Mauro em uma foto sequer.
Demonstraram
O senador Taques sabe que a presidente Dilma e o ex-presidente Lula (PT) não gostam nem um pouco da independência com que ele exerce o mandato. Se dependesse de Dilma e Lula, Taques jamais seria Senador. Eles fizeram de tudo para eleger Abicalil (PT). O Senador Taques fez toda a campanha jurando amores a Dilma e, esta não correspondia aos afagos. Respondia aos beijos do Senador com tapas.
Fim
O Senador Pedro Taques precisa se cuidar, pois caso contrário, politicamente, poderá morrer no Senado. O cavalo está passando arreado e ele não está sabendo montar. Ele é mesmo a bola da vez, porém está perdida. Caso ele não seja candidato a governador agora, em 2018 dificilmente se reelegerá. Sem espaço e, por não conseguir fazer leitura política, a sua carreira política pode acabar em 2018. Pode acontecer com Pedro Taques o mesmo que aconteceu com outros no Mato Grosso. Tudo porque não souberam vencer os medos e as cismas. Não souberam “ouvir as vozes das ruas”.
