Os delegados da Policia Civil responsáveis pela investigação da queda de um helicóptero da corporação na tarde de quinta-feira negaram nesta sexta-feira que a aeronave tenha sido atingida por algum disparo, mesmo estando perto de favelas com presença de traficantes e de um centro de treinamento que possui um stand de tiro. "A hipótese de isso ter acontecido é zero", disse o delegado Ricardo Barboza, da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core).
Para o delegado Mauricio Luciano, da 17ª Delegacia (responsável pela investigação), primeiro é preciso esperar que todos os cinco policiais que estavam no acidente se recuperem. "Nossa maior preocupação é com o estado de saúde do policial Cláudio Cobo, que segue em estado grave", afirmou o delegado Luciano. O policial Cobo está internado no hospital Miguel Couto, na zona sul da capital fluminense.
O delegado disse que é preciso identificar se houve falha humana ou do equipamento para evitar que acidentes como esse voltem a acontecer. Segundo o delegado Ricardo Barboza, o piloto do helicóptero, Ricardo Rezende, ferido no acidente, tem 10 anos de experiência como piloto comercial e entrou na policia em 2012 para o curso de piloto. "Ele tem experiência e já tinha voado outras vezes. Ontem mesmo, ele já tinha ido a Itaipava e não teve nenhum problema", disse o delegado da Core.
De acordo com o delegado Mauricio Luciano, é normal que, em treinamentos, os helicópteros voem baixo para simular ações reais. "O serviço aéreo da (Polícia) Civil do Rio é referência nacional", afirmou Mauricio Luciano. No momento do acidente, os pilotos faziam um treinamento de tiro embarcado.
A Aeronáutica já começou a periciar o helicóptero nesta manhã, e não há prazo para a conclusão do inquérito. De acordo com os delegados, a aeronave havia passado por manutenção no ultimo dia 30 de março. "E só deixamos voar aeronaves que estejam em perfeitas condições, de acordo com normas da Aeronáutica e da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil)", afirmou o delegado Ricardo Barboza.