Deputado afirma que não foi considerada sua defesa e que vai recorrer da decisão do tribunal. Ele também diz que não tem como devolver suposto desvio de R$ 2,6 milhões porque é "algo que não pegou"
JULIANA RADEL
O deputado José Riva (PSD) mostrou-se tranquilo com a perda da função pública do cargo de presidente da Assembleia Legislativa determinada em decisão do Tribunal de Justiça (TJMT) nesta terça-feira. Ele confirmou que vai recorrer da decisão.Em sua defesa, o parlamentar disse que “recebeu a notícia com tranquilidade”, e que vai esperar o acórdão ser publicado, pois “confio nos meus colegas de mesa e estou preparado para continuar os trabalhos na AL”.O deputado negou qualquer envolvimento com desvio de recursos públicos e justificou que um dos motivos do seu nome estar diariamente nos veículos de comunicação é pelo fato de provavelmente “estar sendo perseguido” e que “não incomoda dos veículos de imprensa nacional estarem divulgando supostos crimes cometidos por ele”.
Marcos Lopes/HiperNotícias
|
 |
|
Em relação à acusação de improbidade administrativa, por denúncia de ter desviado dos cofres públicos cerca de R$ 2,6 milhões, no caso de compra de serviço de uma gráfica, o deputado alega que “não tem como devolver algo que não pegou, pode ter questionamento técnico, porém este é um assunto que constrange”. A denúncia e ação que embasou processo inicial no TJMT foi o principal argumento para a 3ª Câmara Cível do tribunal determinar por unanimidade o afastamento do deputado Riva da função de presidente do legislativo.DIREITO DE DEFESARiva explicou que “tudo que sua defesa apresentou no julgamento não foi levado em consideração”. Questionado se estaria dizendo que os procuradores que analisaram o caso não estão preparados para exercer sua função, pois o deputado deu a entender que o seu processo não foi averiguado adequadamente, Riva disse que “só quer o seu direito de recorrer”.Sobre o fato de estar inelegível para as próximas eleições, o parlamentar afirma que não pretende se candidatar nas próximas eleições e que “até lá esse quadro pode ser revertido, e estar elegível novamente”. Sobre o pagamento de serviços não prestados à empresa Sereia Publicidade e Eventos LTD, Riva pondera que houve licitação dos cheques, mas que o próprio relatório apresenta algumas falhas, como por exemplo, o desdobramento dos cheques. Ainda calmo e tranqüilo, o parlamentar esclarece que irá continuar com o mandado de deputado. “Vou continuar com os meus trabalhos no mesmo ritmo, respeito a decisão e vou recorrer no ritmo certo, com paciência e tranquilidade”, finaliza.
