Justiça nega habeas corpus a pastor acusado de estupro

O pedido de liberdade provisória feito pela defesa do pastor evangélico Marcos Pereira da Silva, da Assembleia de Deus dos Últimos Dias (ADUD) foi indeferida ontem pelo juiz da 1ª Vara Criminal de São João de Meriti, no Rio de Janeiro, Richard Robert Fairclough. Segundo o magistrado, os motivos que levaram à prisão preventiva de Marcos Pereira continuam inalterados. O líder religioso está detido desde o último dia 7 deste mês acusado de ter estuprado fiéis e de ter coagido uma testemunha.
A Justiça entendeu que o habeas corpus para o religioso atrapalharia o andamento do processo. A decisão rechaçou ainda os argumentos da defesa de que faltaria legitimidade ao Ministério Público Estadual para propor a ação penal. Também concluiu não haver qualquer irregularidade nos atos praticados durante a investigação policial. Segundo as denúncias, o réu é pessoa de alta periculosidade e ameaça direta e indiretamente as pessoas que o contrariam. Ainda de acordo com o MP, o pastor utiliza-se de sua autoridade religiosa para amedrontar e aterrorizar suas vítimas.
As denúncias do Ministério Público contra o pastor foram distribuídas para a 1ª e a 2ª Varas Criminais de São João de Meriti, cidade da Baixada Fluminense onde fica a sede da igreja ADUD. O religioso teve a prisão preventiva decretada pelos dois juízos: no dia 2 de maio, pela 2ª Vara Criminal, e, no dia 8 de maio, pela 1ª Vara Criminal.
No último dia 9, a 3ª e a 8ª Câmaras Criminais do Tribunal de Justiça do Rio negaram liminarmente dois pedidos de habeas corpus impetrados em favor do pastor Marcos Pereira da Silva. Caberá aos colegiados das duas câmaras julgar o mérito dos habeas corpus, em data ainda não estipulada.
Contra o religioso ainda pesa em outro inquérito de investigação da Delegacia de Combate às Drogas (DCOD) da Polícia Civil, as acusações de crimes por associação para o tráfico, lavagem de dinheiro e quatro homicídios. Marcos Pereira nega todas as acusações.

(Com Agências)