Rapaz de 21 anos é apontado com autor do crime, que envolveria o comércio de drogas no CPA
MidiaNews
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A delegada Anaíde Barros, da DHPP, conduziu a investigação que levou Alisson ao banco dos réus
DA REDAÇÃO
A Justiça condenou a 15 anos de prisão Alisson Paulo de Arruda, de 21 anos, pelo assassinato do travesti Maildo dos Santos Silva, de 25 anos, conhecido como “Maria do Bairro”.O crime ocorreu no final de agosto de 2011, na Lagoa Encantada, área de lazer do bairro CPA 4.
No mesmo julgamento, os jurados inocentaram Cleberson Rodrigues Marques e Silva, de 24, cuja defesa alegou ausência de provas.
O julgamento ocorreu na tarde de segunda-feira (27), no Tribunal do Júri da Comarca de Cuiabá, presidido pela juíza Mônica Catarina Perri de Siqueira.
Os dois, no entanto, foram condenados, no mês passado, respectivamente, a 16 e 15 anos de prisão pelo assassinato de outro travesti - Alisson Alisson Otávio Carvalho da Cruz, o “Alicinha”.
Com isso, Alisson soma 31 anos e Cleberson, 15 anos. Cabe recurso, mas ambos devem aguardar o processo presos.
A dupla foi presa em companhia de um adolescente, no final de agosto de 2011, por policiais da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
Com isso, foi esclarecido o assassinato dos dois travestis, que ocorreu de forma semelhante – a pancadas –, no bairro Morada da Serra, na Capital.
Dois adolescentes - um deles apontado como traficante do bairro - também participaram dos dois assassinatos, segundo as investigações da Polícia.
Ao contrário de que se imaginava, a motivação não foi por homofobia, e sim tráfico de entorpecentes – as vítimas eram usuárias e deviam para traficantes do bairro.
Na ocasião, a delegada Anaíde Barros já havia descartado a motivação por aversão a homossexuais, pois, desde o início dos trabalhos, os policiais apontavam para um crime com conexão com o tráfico de entorpecentes.
As investigações apontam que Alisson devia cerca de R$ 500 em entorpecente para o garoto traficante. Este teria descoberto que seu cliente, além de lhe dar um “banho” – comprar e não pagar a pasta-base de cocaína –, estaria adquirindo drogas de um traficante rival.
“A partir daí, os quatro envolvidos mataram o Alicinha. O outro travesti entrou no caso porque teria testemunhado o crime e estaria fazendo chantagem ao ,exigindo o pagamento em drogas”, informou a delegada.
Alisson Otávio Carvalho da Cruz, o “Alicinha”, tinha 20 anos e executado no dia 29 de maio de 2011.
Ele foi asfixiado com uma corda e arrastado por dezenas de metros e jogado num córrego. Dias depois, foi a vez do travesti Maria do Bairro.
Esse é o segundo júri por assassinato pelo qual a dupla passou, em menos de dois meses.
No dia 4 de abril, Alisson foi condenado a 16 anos de prisão e Cleberson a 15, pelo assassinato do travesti Alicinha.





