JÚLIO CAMPOS NETO Precipitações


Pedir votos para 2014 sem trabalhar 2013 é uma péssima estratégia

Apesar de que o mundo globalizado nos causar uma sensação do tempo correr mais rápido do que desejamos e o dia não ter mais 24 horas, os movimentos políticos regionais para as eleições de 2014 são precipitados.

Não existe a menor possibilidade de se iniciar qualquer conversa política sobre as próximas eleições em Mato-Grosso sem uma definição do quadro majoritário nacional e principalmente do fim das questões jurídicas pendentes das eleições passadas que aguardam posicionamento do pleno local e de Brasília.

A campanha majoritária para o governo do Estado passa primeiro por um nome presidenciável forte.

Um candidato a governador e senador deve levar consigo um nome viável para Presidente e com uma visão nacional de desenvolvimento. Sem este nome as chances de caminhar para o governo já se reduzem.

Além desta questão, a Lei da Ficha Suja pode inviabilizar vários que hoje estão eleitos e desejam manter-se no poder diretamente, e no Judiciário local e nacional vários nomes estão em pauta.

E este ano, no Congresso Nacional, algumas questões sobre a reforma eleitoral devem ser votadas provocando a possibilidade de mudar a forma de composições políticas que há muitos anos vem sem realizadas no País.

O debatido fim dos partidos de aluguéis pode estar chegando ao fim.

Muitos políticos de carteirinha já começam a se movimentar atrás de apoios financeiros, políticos e até de cabos eleitorais para o próximo pleito, ignorando a lei do tempo e dos homens. Existe um velho ditado que diz: - Quem tem pressa come cru.

E as sabedorias sempre surgem através dos aprendizados dos que cometeram os erros e aprenderam com os mesmos.

O ano de 2013 finalizou apenas o primeiro dos quatro trimestres que compõem o ano e muitas das promessas e objetivos para este ano em sua maioria e pela maioria não foram cumpridas.

Há muito que se trabalhar e realizar neste ano e enquanto alguns já sonham e trabalham para 2014 esquecem que estamos em 2013.

A população já demonstrou que deseja políticos com novas visões e maneiras de atuar.

Querem ver seus votos de confiança se transformaram em trabalho e principalmente resultados.

E advento da internet e da capacidade que a educação trouxe para maioria, políticos que se preocupam apenas com eleição está com a hora contada.

Sair pedindo voto para 2014 sem trabalhar 2013 é uma péssima estratégia.

JÚLIO CAMPOS NETO é administrador de empresas, pós-graduado em Gestão de Negócios.