"Assim, gostaria de trazer à baila esse assunto, que tem merecido acaloradas discussões em setores distintos da sociedade: o auxílio reclusão repassado às famílias dos presidiários. Um artigo da Veja até disse textualmente: "Estamos condenados pela impunidade". Tem tudo a ver. Refiro-me às famílias que perderam seus entes queridos nas mãos de bandidos, como ficam? Também não merecem receber esse benefício? Se uma mãe idosa perdeu o único filho que a sustentava, igualmente alvo da bandidagem, não merece receber esse auxílio?"
João Emanuel frisou que não acha inviável o cancelamento do auxílio pensão que o detento possui, recursos entregues aos seus familiares. "O ideal seria que o governo tivesse idêntica atenção com a família de quem foi vítima do agressor. No Brasil, 40 mil detentos recebem esse auxílio. Portanto, cabe ao governo também ser sensível para amparar as famílias vítimas de crimes praticados contra seus integrantes. A menina Juliana Vitória Lopes é um dos exemplos disso. Sua mãe foi baleada na cabeça quando estava gestante de Juliana, diante do esposo Anderson. Nenhum deles reagiu, mesmo assim os disparos foram efetuados. Houve interrupção na oxigenação, o que causou sequelas no bebê, hoje uma criança com sonhos de ser bailarina, atividade incapaz de exercer. O Poder Público precisa respaldar situações semelhantes".
João Carlos Queiroz Secom/Câmara





