O representante da Igreja Católica na Austrália culpou, ontem, a cultura do silêncio pela ocultação dos casos de abuso sexual de menores por parte do clero e acrescentou que o número de evidências caiu significativamente desde que a Igreja começou a tomar medidas mais fortes. O cardeal George Pell, um assessor do papa Francisco sobre as reformas do Vaticano, lamentou, em uma audiência parlamentar, que a Igreja tenha sido lenta para enfrentar o sofrimento das vítimas e reiterou seu pedido de desculpas, embora tenha negado participação na ocultação dos casos.
“Apresento minhas desculpas, realmente sinto muito”, disse Pell, que foi interrogado por mais de quatro horas no último dia de uma investigação do governo do estado de Victoria, no sul do país.
Pell afirmou que o número de denúncias de abusos por membros do clero atingiu o pico nas década de 70 e 80, mas caiu quando a Igreja mudou sua abordagem. “A evidência de mau comportamento, de crimes, foi significativamente reduzida. Espero que o pior tenha ficado para trás”, assegurou o cardeal, acrescentando que 300 pessoas em Victoria receberam compensações por abuso.
O governo de Victoria iniciou uma investigação sobre os abusos sexuais cometidos em instituições religiosas ou privadas contra crianças. Durante as sessões anteriores, várias vítimas que sofreram violações por padres haviam compartilhado suas experiências traumáticas ante o comitê de investigação.
A Igreja confirmou, no ano passado, a existência de 620 casos de abuso sexual contra menores, incluindo crianças de 7 e 8 anos, cometidos na Austrália por padres desde 1930. A maioria dos abusos foi realizada entre 1960 e 1980, enquanto 13 dos abusos ocorreram depois de 1990.
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