Mais de 1.700 crianças foram mortas em incidentes relacionados com a guerra contra o crime organizado no México desde 2007 até o mês de Março, de acordo com um relatório da Rede pelos Direitos da Infância no México (REDIM).
A maioria das vítimas tem entre 15 e 17 anos e o estado considerado mais perigoso é o Chihuahua, cuja taxa de homicídios é cinco vezes maior que a média nacional. A ONG estima que entre 15 mil e 20 mil adolescentes são explorados por organizações criminosas e cartéis de drogas, e que sete em cada dez crianças são mortas por armas de fogo.
Juan Martin Perez Garcia, diretor de REDIM, salienta que há "uma tendência crescente para a exploração sexual de menores, bem como o desaparecimento de adolescentes". "Eles são tratados como criminosos. Atualmente no México não há nenhuma instituição que cuida das crianças e previne a violência ".
O diretor da ONG lamenta ainda que apesar de ser a segunda maior economia do continente não há nenhuma política de proteção à criança, enquanto a Bolívia, segundo país mais pobre da América Latina já possui essa lei.
