Da Redação
O partido da Mobilização Democrática (MD) selou a composição da direção estadual, sob presidência da deputada estadual Luciane Bezerra (PSB) e vice-presidência de Celis Borges, que comandava o PMN em Mato Grosso. Prefeito de Rondonópolis, e líder do extinto PPS, Percival Muniz, assumirá a primeira vice-presidência. A MD, concretizada a partir da fusão do PPS e PMN, aguarda no Estado chancela da executiva nacional, até a próxima semana, para ingresso de pedido de registro junto ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE). O quadro de representantes da legenda resguardou o equivalente a 40% de espaço para os partidos fundadores, e percentual de 20% para “outros líderes políticos”.
Secretária municipal de Rondonópolis, a esposa de Percival, Ana Carla Muniz, fará parte da direção regional, como membro. Ex-secretário-geral do PPS, Antônio Carlos Máximo, estará à frente da mesma função no MD. O partido também aguarda posição do TSE sobre a oficialização da janela que permitirá período de 30 dias para filiação.
Entre as reservas para composição estão os cargos de segunda, terceira e quarta vice-presidência. A formatação do diretório regional obedece nova estratégia da legenda. Existe temor entre detentores de mandado de aplicação das regras da fidelidade partidária, em caso de mudança de legenda. A resolução 22.610 do TSE trata de normas, prevê entre os itens a segurança para adesão em caso de “fusão”. O problema é que as normativas não especificam esse direito para donos de cargos eletivos que hoje pertencem aos quadros de siglas que não deram origem ao MD. Existe interpretação jurídica, como do advogado especialista em direito eleitoral, Hélio Ramos, de que a previsão sobre fusão vale para os membros do PPS e do PMN em caso de insatisfação com as alterações.
As teses são variadas, e levaram o próprio MD e outros partidos, como o PMDB e PT a projetar consulta junto ao TSE para dirimir dúvidas sobre o assunto. Como ainda não houve manifestação da Justiça Eleitoral, impera o receio entre muitos “convidados” pelo MD. Para minimizar o impacto nos entendimentos de estruturação da nova legenda, os movimentos tem sido feito de maneira mais reservada nos últimos dias.
Percival Muniz e Luciane estão no centro das articulações. Há confiança sobre o promissor horizonte para as eleições de 2014. Na Assembleia Legislativa, deputados como o secretário-geral do PR, Emanuel Pinheiro; o secretário-geral do PP, Ezequiel Fonseca e Dilmar Dal’Bosco (DEM), descartam a possibilidade de mudança de partido. Também foram convidados outros parlamentares como Adalto de Freitas (PMDB). Ele mantém-se na linha da cautela, mas não esconde o desconforto político com o partido do deputado federal Carlos Bezerra.
Um dos nomes mais cobiçados para ingressar no partido, o senador Pedro Taques (PDT), sinaliza para não adesão ao novo partido. Conta com promessa do presidente nacional, Carlos Lupi, de que terá apoio para eventual lançamento de seu nome na corrida ao governo em 2014.
Mesmo que não adentre nas veias da nova sigla, Taques deve manter estreito relacionamento com os líderes, como Percival e Luciane. Discutem desde já prognósticos sobre projeto político para chegar ao comando do Estado de Mato Grosso. Taques é candidato virtual à chefia do Executivo.
Infidelidade - O presidente do PMDB e o PT poderão se manifestar pelo pedido de cassação de mandato de infiéis. O alerta foi dado na semana passada por Bezerra. O presidente do PT estadual, Willian Sampaio, disse que o partido se manifestará a partir da posição do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Em âmbito nacional, membros do PSD do ex-prefeito Gilberto Kassab, avaliam a chance de pedir a cassação de mandato dos que porventura deixarem os quadros da legenda para ingresso ao MD.





