ASSEMBLEIA LEGISLATIVA "Riva continua mandando, mesmo sem função", avalia Luciane


Riva perdeu o cargo de presidente da Assembleia Legislativa, por decisão do TJMT, acusado de improbidade administrativa

RepórterMT
Deputada prevê atuação igual do parlamentar, mesmo não podendo assinar como presidenteDeputada prevê atuação igual do parlamentar, mesmo não podendo assinar como presidente
JOÃO RIBEIRO 

Mesmo com a função de presidente da Assembleia Legislativa cassada pelo Tribunal de Justiça de MT, o deputado José Riva (PSD) vai continuar "mandando" na Casa de Leis. A avaliação é da deputada Luciane Bezerra (PSB). Adversária política em sua base eleitoral, Juara, Luciane  destacou ao RepórterMT, que  Riva irá continuar atuando como "presidente". 
 
Luciane acredita que, dessa vez, Riva ficará oficialmente fora do cargo, mas que por conta da base governista que existe na Casa e amizade que o parlamentar tem com os outros deputados, Riva, continuará dando as cartas na AL-MT.

“Mesmo com a constituição do Estado e o Regimento Interno da Casa ele [Riva] conseguiu ganhar mais uma. Riva era candidato vindo de uma reeleição. Na época, eu pedi que isso fosse revisto, através de um requerimento. Queria mostrar que a chapa dele estaria inconstitucional, mas não foi aprovado. Portanto espero que se cumpra a determinação da Justiça e o vice-presidente, Romoaldo Júnior (PMDB), assuma”, completou.


A desavença entre Luciane e Riva existe há muito tempo. Luciane é casada com Oscar Bezerra (PSB), inimigo declarado de Riva. Oscar se elegeu prefeito de Juara no ano passado, mas foi impedido de assumir porque teve a candidatura impugnada  e não conseguiu reverter na Justiça. Agora, a cidade terá nova eleição. 

Nas eleições de 2010, os dois (Luciane e Riva) protagonizaram uma disputa política acirrada no município. Luciane foi a mais votada, tendo 8.995 votos. Já Riva ficou com 6.488 votos. 

Riva já foi eleito cinco vezes consecutivas deputado estadual e estava no seu terceiro mandato como presidente da Assembleia Legislativa. Em 2010, o deputado perdeu o mandato e teve o diploma cassado pela Justiça Eleitoral, mas retornou ao cargo em janeiro de 2011 como o mais votado de MT nas eleições de 2010, com 93.594 votos.